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FORMAÇÃO

Ano Litúrgico

Abrir-se para o mistério

Aquilo que nós esperamos e o que leva o nosso coração a vibrar, precisa de uma forma - como no amor. A fé cristã não existe como idéia nua e crua, como valorização abstrata de certos pensamentos. Ela tem - como se pode ver em Jesus Cristo e é expresso nos sacramentos - uma forma concreta, um perfil inconfundível. Formas e fórmulas são melhor do que a sua fama. Elas não só conservam a forma, mas também o conteúdo. Como são prefixados, elas lembram em tempos ativistas que os próprios feitos não são tudo. Até porque não nos sustentam por muito tempo.
Os textos da fé sempre contêm uma promessa. Eles dizem mais do que aqueles, que os anunciam, podem cumprir. Não convencem pela perfeição verbal ou pelas mais eloqüentes explicações.
Estas, pelo contrário, só expulsam o que deve ser evocado: a abertura para o mistério. Fé, esperança e amor transcendem qualquer conceito. Eles indicam o infalável.extos e as fórmulas prefixadas nos dizem: Você não deve se contentar com suas próprias palavras e consigo mesmo. Você não está sozinho.
Aqueles que viviam e acreditavam antes de você 'já os lavavam com suas lágrimas, seus gemidos e desejos' (F. Steffensky). E são muitos os que falam estes textos e estas fórmulas junto com você no mundo inteiro. São textos comuns de todos os cristãos.
Eles e o rito celebrativo criam um espaço de objetividade, no qual até estranhos podem entrar mesmo se não conseguem participar de todos os momentos. É bom quando as pessoas presentes não são entregues nas mãos de qualquer celebrante.
Veio uma vez um irmão procurar um velho monge. Atormentado por uma depressão, ele confessou a ele que ele nem sabe mais rezar. Respondeu o monge paternalmente: "Se você nem sabe rezar, participe pelo menos da celebração e assista os outros rezando." A liturgia pode nos levar da forma para o conteúdo.

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