SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

OS JOVENS E UM NOVO PENTECOSTES

 
O maior país católico está prestes a vivenciar um momento ímpar no processo de evangelização. A Jornada Mundial da Juventude convocada por Bento XVI para o Brasil em julho com o tema “Ide e fazei discípulo entre todas as nações” (Mt 28,19) entrará na história por ser uma jornada de dois papas e ainda mais porque será presidida pelo papa Francisco, o 1º papa latino-americano.

A Jornada quer ser um novo Pentecostes na vida de inúmeros jovens e católicos. O Espírito Santo em ação infinita nos corações cansados e feridos, quer dar um novo impulso e ânimo na fé.

O Brasil é inegavelmente de raiz cristã-católica; mas isso não o blinda das problemáticas da pós-modernidade. Avança avassaladoramente a secularização na concepção de uma vida sem Deus, na qual o homem se absolutiza e passa a querer construir a si mesmo sem o referencial do Absolutamente Outro, Deus. O progresso, em especial nos meios de comunicação social e as distâncias geográficas quase chegam a ser anuladas. Porém tais avanços não foram capazes de gerar e fortalecer valores como compreensão e comunhão. Tais valores quando existentes são marcados pela superficialidade e acabam gerando conflitos entre as gerações e entre as pessoas.

Assustadoramente assistimos, quase cotidianamente, conflitos e agressões, onde transparece a mentalidade de que compreender o outro é passado e difícil demais, pois cada um quer que seu eu e interesses sejam prevalecidos. Outro fator, que é o progresso da ciência e da técnica quer ter o intuito do domínio absoluto do corpo humano e das forças da natureza.

É diante desde mundo que a Igreja Católica lança o convite a todos os jovens a serem testemunhas do Absoluto, a perseguirem valores que engrandeçam o coração cansado, a doarem-se por um projeto de vida elevado, que só Jesus Cristo é capaz de dar, por meio da vivência do amor, do perdão, da caridade e da solidariedade. O grande convite é viver hoje a realidade histórica da presença do Espírito Santo sobre nós.

Pentecostes foi a vinda do Espírito Santo, de modo visível e palpável sobre os apóstolos e a Igreja em Jerusalém. Sob a forma de um vento forte, o Espírito impeliu a Igreja que nascia a trilhar seu caminho na história. Como fogo veio iluminar as mentes e inflamar de amor os corações temerosos dos apóstolos. Com ousadia e coragem saíram anunciando a novidade do Evangelho, não encontrando barreiras geográficas e linguísticas.

A ação do Espírito Santo não está presa ao passado da Igreja, mas se prolonga e se perpetua no tempo, aqui e agora. Ele quer a cada dia renovar a Igreja e o mundo, além de toda e qualquer fronteira. Ele quer conduzir homens, mulheres, jovens e crianças de hoje em vista de um mundo novo.

E eis que vem um simpático senhor, pai do mundo todo, o Papa Francisco convidando a abrir a porta da nossa vida à novidade de Deus: “Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Abramos a porta ao Espírito, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus, que o Espírito Santo nos dá.” Ele une suas palavras ao desejo do papa Bento XVI de verem todos os jovens a serem santos-missionários, testemunhas apaixonadas de Cristo e evangelizando no meio de uma sociedade que quer esconder Deus dos olhos apaixonados de inúmeras pessoas que guardam a fé e a cultivam.

Os jovens de fé de cada uma de nossas comunidades são chamados pelo Papa, pela Igreja e por Cristo a darem testemunho de fé, a edificar uma nova civilização de vida, de amor e de verdade. Nesta grande empreitada o Espírito Santo quer mais nos transformar e renovar. Infelizmente nem sempre abrimos o nosso coração à sua novidade, sabedoria e força. Ele tem pressa, quer agir e só depende de nós.

Com espírito novo e renovado somos convidados a agir como cristãos, não nos fechando em nosso próprio eu, mas orientando-nos ao outro por Cristo; ou seja, acolher em nossa vida, atos e palavras toda a Igreja e deixarmos que ela nos acolha e nos oriente. Quando o discípulo-missionário de Cristo, o batizado, fala, pensa, age; ele o faz pensando na humanidade que necessita do seu testemunho de viver como Cristo, inspirado pelo Espírito Santo segundo o desígnio do Pai.

Geraldo Trindade
Colunista do Portal Ecclesia
Bacharel em filosofia pela Faculdade Arquidiocesana de Mariana, estudante de teologia no Seminário São José da arquidiocese de Mariana (MG). Blog: http://pensarparalelo.blogspot.com.br/


Da redação do Portal Ecclesia.

NOBRES SENTIMENTOS

Nobres sentimentos

O Dia das Mães, celebração do segundo domingo de maio, mais do que tradicional comemoração, é oportunidade para resgatar nobres sentimentos. Há um magistério do coração materno com propriedades únicas e sustentadoras da vida, com autenticidade, singeleza e beleza. Mãe é sempre a pessoa que se torna uma ciência de vida, emoldurada por seus gestos de nobreza. Uma altivez que se projeta no âmbito dos balizamentos divinos. Compreende-se porque a mãe é expressão mais completa do amor misericordioso do Pai.

Deus quis uma Mãe para o seu filho: Maria, a Mãe de Jesus, que ao participar da vida e missão de seu filho, com admirável simplicidade, delicadeza completa e artística discrição, alcança a estatura da mais cativante nobreza. Atenta, escuta e obedece a escolha de Deus dizendo seu sim. Alcança uma compreensão com medidas humanamente perfeitas para acolher o querer divino. Nela, Maria, realiza-se a mais completa expressão da obra da criação, quando coberta pela invisível presença amorosa do Espírito Santo se torna a Mãe do Salvador do mundo. Caminha com Ele, acompanhando-o no seu crescimento, de modo exemplar no desempenho pedagógico de quem foi escolhida para ser a Mãe do Mestre e Senhor.

Nas circunstâncias de sua missão, mostra-se atenta às necessidades dos outros, expressão nobre dos mais importantes sentimentos. Vive angústias e obediência amorosa que geram alegrias e guarda tudo no coração, tornando-o um sacrário de sabedorias não encontrados nos livros, não ensinados nas academias e não alcançados pelas estratégias . O exemplo de Maria mostra que cada mãe é merecedora de toda reverência. Nossa Senhora alcança o mais relevante patamar da condição de filha de Deus quando enxerga, pela fé, a certeza da vitória diante dos sofrimentos, como a crucifixão e morte de um filho. Não por acaso, o artista Aleijadinho, na imagem veneranda da Senhora da Piedade, aquela da Ermida da Padroeira de Minas, destaca o olhar que revela a dor e, ao mesmo tempo, a luminosidade que só a fé pode dar à razão humana e ao coração da criatura.

Dessa Mãe, a Mãe de Deus, cada mãe, na singularidade de sua história de vida cultural e familiar, e nas particularidades dos dons e de sua própria missão, tem o necessário para ser especial e no seu dia ser reverenciada Toda mãe é mestra, sem ser professora. É sábia, sem ser intelectual ou estudada. Tem realeza, sem pertencer a dinastias monárquicas. Dona do que for, muito ou pouco, revela a capacidade inimitável de doação e de partilha. Assim, alivia os pesos da miséria, dos sofrimentos, consola nas tristezas e inspira, mesmo depois de ter partido deste mundo, audácias, coragem, sentimentos de gratidão. Alimenta por seus gestos jamais esquecidos o tesouro dos nobres sentimentos.

Faço votos que este segundo domingo de maio, congregando famílias, reunindo filhos ao redor de suas mães, também pela lembrança das que já partiram desta vida, emolduradas por uma saudade que não passa, seja uma oportunidade de festa. Além disso, que seja um momento singular para reavivar os nobres sentimentos, segundo medidas do amor de mãe, para que se concretize, com mais rapidez e perfeição, o que só o amor aprendido e vivido pode alcançar: um tempo novo para este novo tempo do terceiro milênio.

Você, como filho ou filha, resgate no seu coração e na sua vida o que pode fazer dela o verdadeiro dom que é: as lições que as mães ensinam pelos nobres sentimentos. Parabéns, mães, com apreço, benção e a proteção da Nossa Senhora da Piedade, Mãe Padroeira de Minas Gerais.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Colunista do Portal Ecclesia.
Arcebispo de Belo Horizonte (MG). Doutor em teologia bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália). Mestre em ciências bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália)

BENDITA ENTRE TODAS AS MULHERES

Todos os homens e mulheres foram criados por Deus para o glorificarem e serem felizes e realizados. A própria glória de Deus se manifesta no ser humano vivo! Ninguém foi destinado à perdição e à condenação. O Bom Pastor, que é Jesus, quer tomar sobre os ombros as ovelhas, com especial atenção àquelas que porventura se desgarrarem do rebanho. O olhar de ternura com que envolve a todos é referência para cada um de nós, a fim de que sejam inclusivas nossas palavras e atitudes.

Mas não contradiz a visão igualitária da criação do ser humano afirmar, como queremos fazer no final de semana em que se celebra o dia das mães, que o Pai do Céu caprichou com imenso carinho ao criar a mulher. Jocosamente, alguém já disse que desejou aperfeiçoar a sua obra, depois de ter criado o varão! Beleza, ternura, fortaleza, perseverança. Tantas mulheres são escolas vivas do Evangelho, livros abertos para que as lições do modo divino de viver se espalhe no mundo.

Há algumas características no ser feminino que vêm em relevo e é tempo de manifestá-las. “Chegou a hora em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um alcance, um poder jamais alcançados até agora. Por isso, no momento em que a humanidade conhece uma mudança tão profunda, as mulheres iluminadas do espírito do Evangelho tanto podem ajudar para que a humanidade não decaia” (Cf. Mensagem final do Concílio Vaticano II).

João Paulo II, na Carta Apostólica Mulieris dignitatem, diz magistralmente: “Contemplando esta Mãe (Maria), cujo coração foi traspassado por uma espada (cf. Lc 2, 35), o pensamento se volta a todas as mulheres que sofrem no mundo, que sofrem no sentido tanto físico como moral. Neste sofrimento, uma parte é devida à sensibilidade própria da mulher; mesmo que ela, com frequência, saiba resistir ao sofrimento mais do que o homem. É difícil enumerar estes sofrimentos, é difícil nomeá-los todos: podem ser recordados o desvelo maternal pelos filhos, especialmente quando estão doentes ou andam por maus caminhos, a morte das pessoas mais queridas, a solidão das mães esquecidas pelos filhos adultos ou a das viúvas, os sofrimentos das mulheres que lutam sozinhas pela sobrevivência e os das mulheres que sofreram uma injustiça ou são exploradas. Existem, enfim, os sofrimentos das consciências por causa do pecado, que atingiu a dignidade humana ou materna da mulher, as feridas das consciências que não cicatrizam facilmente. Também com estes sofrimentos é preciso pôr-se aos pés da Cruz de Cristo” (Mulieris Dignitatem 19).

À capacidade para enfrentar os sofrimentos acrescenta-se uma genuína vocação ao amor. É ainda a João Paulo II que recorremos: “A dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela recebe pelo próprio fato da sua feminilidade e também com o amor que ela, por sua vez, doa. Confirma-se assim a verdade sobre a pessoa e sobre o amor. Acerca da verdade da pessoa, deve-se uma vez mais recorrer ao Concílio Vaticano II: ‘O homem, a única criatura na terra que Deus quis por si mesma, não pode se encontrar plenamente senão por um dom sincero de si mesmo’. Isto se refere a todo homem, como pessoa criada à imagem de Deus, quer homem quer mulher. A afirmação de natureza ontológica aqui contida indica também a dimensão ética da vocação da pessoa. A mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros” (Mulieris Dignitatem 30).

A estes dons se acrescente a maternidade, com toda a intimidade e sadia cumplicidade vital entre a mãe e os filhos que geram. É maravilhoso ouvir as experiências de mães bem conscientes de que na gravidez não acompanham uma parte de seu corpo, mas outra vida, com igual dignidade, prontas a oferecer à família, à Igreja e ao mundo a criatura que nela se desenvolve, dando tudo de si para alimentar, acalentar e levar à luz um homem ou uma mulher.

Mês de Maio, mês das Mães, Mês de Maria. Se as mulheres são hoje postas em relevo, não se pode esquecer a Mãe das Mães, Maria, bendita entre todas as mulheres da terra. Para ela se voltaram todas as bênçãos de Deus, quando foi escolhida para ser a Mãe do Redentor. Sabedora de sua humildade, sua alma exultou de alegria e, desde o Magnificat primeiro, não cessa de proclamar no Céu e, através da voz da Igreja, aqui na terra, as obras de amor realizadas por Deus.

O mistério da maternidade mariana se mostra também, de forma impressionante, na devoção do povo de Deus a Nossa Senhora, em seu título de Fátima, celebrado neste ano de 2013 no dia dedicado às mães, segundo domingo de maio. A solicitude do Eterno Pai permitiu que a mãe de seu Filho amado fosse chamada com tantos e belos títulos, nos quais se expressam sentimentos humanos, lugares de Devoção e, mais ainda, títulos a ela atribuídos pela participação no mistério de Cristo descrito nos Evangelhos. Da Maria de Nazaré, passando por Belém, por Caná ou o Cenáculo, Maria da Ressurreição e do Pentecostes, Maria Mãe da Igreja, a ela recorremos, pedindo que sejamos todos dignos das promessas de Cristo. A ela recorremos, confiando confiantes nossas Mães àquela que é Mãe de Cristo. Podemos dizer com o mês de Maio: Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós! Nossa Senhora da Visitação, rogai por nós!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Colunista do Portal Ecclesia.
Arcebispo de Belém do Pará (PA). Estudou filosofia e teologia no Seminário Coração Eucarístico de Jesus e na PUC Minas, em Belo Horizonte. Realizou estudos em espiritualidade sacerdotal, no Instituto Mystici Corporis em Roma.

PAPA FRANCISCO DISSERTA SOBRE A FELICIDADE DOS CRISTÃOS

 

“Os cristãos são homens e mulheres felizes”, garantiu Papa Francisco na missa celebrada na Casa Santa Marta na manhã desta sexta-feira, 10. Para o Pontífice, a alegria dos cristãos não provém de razões conjunturais, mas é um dom do Senhor que nos preenche dentro.

A missa foi concelebrada pelo arcebispo de Mérida, dom Baltazar Cardozo, e pelo abade primaz dos beneditinos, dom Notker Wolf, e estavam presentes alguns colegas da RV, acompanhados pelo Diretor-geral, Pe. Federico Lombardi.

Acentuando o aspecto da felicidade dos discípulos, principalmente no tempo entre Ascensão e Pentecoste, o Papa disse:

“Os cristãos são homens e mulheres alegres, como nos ensinam Jesus e a Igreja. Mas o que é esta felicidade? É alegria? Não, não é o mesmo. A felicidade é um pouco mais, é uma coisa que não provém de razões momentâneas: é mais profunda, é um dom. A alegria, no fim se transforma em superficialidade e nos faz sentir um pouco ingênuos, tolos, sem a sabedoria cristã... A felicidade não. É um dom do Senhor, é como uma unção do Espírito; é a certeza de que Jesus está conosco e com o Pai”.

O homem feliz, portanto, é um homem seguro, certo de que “Jesus está conosco”. A este ponto o Papa se perguntou: “Podemos engarrafar a felicidade para a termos sempre conosco?”. E respondeu:

“Não, porque quando queremos ter esta felicidade só para nós, nosso coração fica ‘emburrado’ e nosso rosto não transmite felicidade, mas só melancolia, o que não é saudável. Por vezes, vemos cristãos melancólicos que parecem ‘pimenta com vinagre’, que não têm uma vida bonita.
Não aparentam felicidade. Isso porque a felicidade não pode ficar parada, deve caminhar, é uma virtude peregrina, um dom que caminha pelo itinerário de nossas vidas, com Jesus: rezar, anunciar Jesus e a felicidade alonga e alarga o caminho: é uma virtude dos grandes, dos que estão acima das pequenezas humanas, dos que não se deixam envolver em picuinhas da comunidade e da Igreja, pois olham sempre ao horizonte”.

A felicidade é “peregrina”, reiterou, concluindo que o cristão é “magnânimo e não pode ser covarde”, e nestes dias, especialmente, a Igreja nos convida a pedir a felicidade e o desejo, que sustentam o cristão em seu caminho.


Fonte: Rádio Vaticano

MÊS MARIANO 2013

 
 
 
 
 
 



 
 
 
 
 
 
 

MÊS MARIANO - NOVAS IMAGENS

 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 

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