SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

REFLEXÃO DO DIA: O POTE

O Pote

Certa vez, o mestre pegou um pote de barro, chamou seu discípulo e colocou algumas pedras muito grandes dentro do pote e perguntou ao discípulo: - Está cheio? E o discípulo respondeu: - Sim
O mestre pegou uma sacolinha cheia de pedregulhos e a virou dentro do pote e tornou a perguntar ao seu discípulo: - E agora, o pote está cheio? E o discípulo respondeu com firmeza: - Sim, mestre. Desta vez o pote está totalmente cheio.
O mestre então pegou uma lata de areia e a derramou dentro do pote. A areia preencheu os espaços entre as pedras grandes e os pedregulhos. Após o mestre encher o pote com a areia até o topo, o discípulo afoito disse: - Pronto! Agora acabou, mestre. Não é possível colocar mais nada neste pote. O mestre respondeu com um sorriso e virou um copo d'água dentro do pote de barro. A água encharcou e saturou a areia.
Depois disso, o mestre pegou um novo pote vazio e pediu que o discípulo repetisse a experiência, só que desta vez na ordem inversa dos elementos. O discípulo começou colocando a água, depois areia, depois os pedregulhos e por último tentou colocar as pedras grandes, mas estas já não couberam no vaso, pois boa parte havia sido ocupada com coisas menores.
O mestre então se dirigiu ao discípulo e concluiu a lição:- O pote de barro é a nossa vida. A nossa disponibilidade de tempo é o que cabe dentro do nosso pote. As pedras grandes são as coisas realmente importantes da sua vida: o seu crescimento pessoal e espiritual e seus relacionamentos com a família e amigos. Se você der prioridade a isso e se mantiver aberto para o novo, as demais coisas se ajustarão por si só: seus afazeres com a profissão, seus bens e direitos materiais, seu lazer e todas as demais coisas menores que completam a vida. No entanto, se você preenche sua vida com coisas pequenas, as coisas realmente importantes nunca terão espaço em sua vida.
Nesta experiência vimos que o tempo é, antes de tudo, uma questão de prioridades, de saber o que vem em primeiro lugar. Muitas vezes perdemos a nossa saúde para ter mais dinheiro, para depois perder o dinheiro para ter mais saúde.
Adicionamos dias à extensão de nossas vidas, mas esquecemos de adicionar vida à extensão dos nossos dias. Engolimos os fatos da vida da mesma forma que engolimos o alimento no horário de almoço. Precisamos aprender a saborear a vida.
Viver é saber transformar os pequenos instantes em grandes momentos. A felicidade não é um destino, é uma caminhada. Caminhando pela vida entre as coisas que passam é que vamos aprendendo a abraçar as coisas que não passam.
Seja o dono do seu pote e o transforme em um pote de felicidade. Pois hoje você é, mais do que nunca, o dono do seu pote, o dono da sua história, o dono da sua vitória.

11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

14 de junho de 2009 — Domingo

11º Domingo do Tempo Comum

(Cor Verde)


O REINO CRESCE SILENCIOSAMENTE ENTRE NÓS!


Jesus falava ao povo usando parábolas. Elas são pequenas estórias, como a da semente, que ajudavam o povo a compreender a presença do Reino. Deste modo Jesus plantava no coração humano a verdade do Reino. Construir o Reino, em comunidade, é missão de todos que acolhem a Palavra de Deus e se colocam no seguimento de Jesus Cristo. Perguntemo-nos, pois, se nós, que hoje ouvimos sua Palavra, deixamo-nos tocar por ela. Ninguém faz o trigo crescer puxando sua folha. Portanto, para que o Reino cresça entre nós, precisamos abrir nossa existência a Cristo e acolher sua verdade.



LITURGIA DA PALAVRA

Deus nos fala

É o Senhor quem agora nos fala do ramo de cedro que foi transplantado e cresceu nas terras de Judá. Assim é o Reino que, semeado entre nós pelo Cristo, vai crescendo e tornando-se uma árvore. Mas o amor e a verdade do Reino não crescem no coração fechado e que não acolhe a verdade de Cristo. Com sincera abertura de alma e de acolhimento, escutemos o Senhor nosso Deus.


Primeira Leitura (Ez 17,22-24)

Leitura da Profecia de Ezequiel:
22Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. 23Vou plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. 24E todas as árvores do campo saberão que eu sou o Senhor, que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Responsório (Sl 91)

— Como é bom agradecermos ao Senhor!
Como é bom agradecermos ao Senhor!
— Como é bom agradecermos ao Senhor / e cantar salmos de louvor / ao Deus altíssimo! / Anunciar pela manhã vossa bondade, / e o vosso amor fiel, / a noite inteira.
— O justo crescerá como a palmeira, / florirá igual ao cedro que há no Líbano; / na casa do Senhor estão plantados, / nos átrios de meu Deus florescerão.
— Mesmo no tempo da velhice darão frutos, / cheios de seiva / e de folhas verdejantes; e dirão: / “É justo mesmo o Senhor Deus: / meu rochedo, / não existe nele o mal!”


Segunda Leitura (2Cor 5,6-10)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. 10Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa — prêmio ou castigo — do que tiver feito ao longo de sua vida corporal.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Aclamação

— Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia! (bis)
1. Vem abrir nosso coração, Senhor!/ ó Senhor, abre o nosso coração,/ e, então, da palavra do teu Filho,/ vamos ter, ó Senhor, compreensão! (bis)


Anúncio do Evangelho (Mc 4,26-34)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo,
26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra.
27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga.
29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo?
31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra.
32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam com­preender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!


Profissão de Fé

Creio em Deus Pai todo-poderoso,/ criador do céu e da terra./ E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,/ que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;/ nasceu da Virgem Maria;/ padeceu sob Pôncio Pilatos,/ foi crucificado, morto e sepultado./ Desceu à mansão dos mortos,/ ressuscitou ao terceiro dia,/ subiu aos céus;/ está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,/ donde há de vir a julgar os vivos e os mortos./ Creio no Espírito Santo;/ na Santa Igreja Católica;/ na comunhão dos santos;/ na remissão dos pecados;/ na ressurreição da carne;/ na vida eterna. Amém.


Preces dos Fiéis

— É preciso agradar a Deus pela prática do bem e da caridade. Na certeza de que o Senhor fará germinar em seu povo sua verdade, façamos nossas súplicas, clamando:
Fazei-nos, Senhor, construtores de vosso Reino!
1. A SEMENTE do Reino continua a ser semeada entre nós! Por toda a Igreja, para que, fiel a sua missão, semeie com abundância no mundo a verdade de Cristo, roguemos ao Senhor.
2. OUVIR, acolher e viver a Palavra do Senhor! Para que nossos ouvidos não se tornem surdos aos apelos divinos e nosso coração seja acolhedor de sua Palavra salvadora, roguemos ao Senhor.
3. A VERDADE do Reino não pode ser contida! Para que, buscando a verdade do Reino de Deus, superemos nosso absolutismo e creiamos na verdade de Cristo, roguemos ao Senhor.
4. O REINO cresce silenciosamente! Para que os pequenos gestos de bondade e de caridade e os trabalhos carregados de amor, realizados no silêncio, façam germinar a vida e a paz no mundo, roguemos ao Senhor.
5. O REINO de Deus está entre nós mesmos, disse Jesus! Para que redescubramos a alegria de pertencer ao Reino do céu, vivendo em comunidade e sendo cristãos comprometidos no mundo, roguemos ao Senhor.

— Pai de bondade, vossa Palavra de vida, que nos ensinou a grandeza do Reino, desperte-nos para viver vossos mandamentos e acolher vosso Reino como herança. Por Cristo, nosso Senhor.
— Amém.

O Divórcio

O Divórcio

Você também acredita que a proibição do divórcio é um preconceito que uma Igreja caduca quer impôr aos fiéis? Não, não é a Igreja que é contra o divórcio. A Igreja apenas é coerente, firme e fiel com a sua missão evangelizadora que Jesus a vocacionou. Na verdade, quem é contra o divórcio é Jesus Cristo que disse:
"Todo aquele que repudiar a sua mulher e desposar outra, comete adultério contra a primeira. E, se essa repudiar o seu marido e desposar outro, cometerá adultério." (Mc 10,11)
"Todo aquele que repudiar a sua mulher e desposar outra, comete adultério. E, quem desposar uma repudiada por seu marido, cometerá adultério." (Lc 16,18)
"Todo aquele que rejeita sua mulher, exceto em caso de "pornéia", e esposa uma outra, comete adultério. E aquele que esposa uma mulher rejeitada, comete também adultério." (Mt 19,9)
"Todo aquele que repudia sua mulher, exceto por motivo de "pornéia", faz que ela adultere. E aquele que se casa com a repudiada, comete adultério." (Mt 5,32)
E quem também é contra o divórcio, é todo o NT que insiste:
"Aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. Se, porém, se separar, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com seu marido. Igualmente, o marido não repudie sua mulher." (1Cor 7,10-11)
"A mulher casada está ligada ao marido enquanto ele vive; se o marido vier a falecer, ela ficará livre da lei do marido. Por isso, estando vivo o marido, ela será chamada adúltera, se for viver com outro homem. Se, porém, o marido morrer, ela ficará livre da lei, de modo que, passando a ser de outro homem, não será adúltera." (Rm 7,2s)
Como se vê, não se admite exceção para novas núpcias nem mesmo em favor da parte repudiada, que pode ser vítima inocente. As razões pessoais, subjetivas e sentimentais não vêm ao caso. Trata-se de impossibilidade objetiva, independente de culpa ou não culpa dos contraentes. O matrimônio, por sua índole mesma, é indissolúvel. Jesus mesmo diz:
"O que Deus uniu, o homem não o deve separar." (Mt 19,6)
Portanto, se você é a favor do divórcio, não critique a Igreja. Antes de mais nada, critique Jesus, critique a Bíblia, critique Deus por ter proibido o divórcio. A Igreja apenas evangeliza conforme o ensinamento de Jesus. Por isso, quem abandona seu conjugue e vive com outra pessoa como marido e mulher, vive em pecado grave pois desobedecem a própria ordem dada por Jesus, escrito na Bíblia. Por isso, não podem comungar, pois vivem em pecado.
Mas Jesus não disse que havia excessão, no caso de "pornéia"? Sim. Mas o que é "pornéia" (termo grego)? Há quem o traduza por "adultério". Assim, estaria dissolvido o casamento desde que uma das duas partes incorresse em adultério. É assim que pensam e ensinam as comunidades cristãs ortodoxas orientais e a maioria das denominações protestantes. Todavia observe-se que fornicação ou adultério suporia, em grego, "moichéia" e não "pornéia".
Porém, não é assim que a Igreja Católica entende esta passagem. Veja como Dom Estevão Bettencourt explica a excessão aberta por Jesus, ou seja, a "pornéia":
"A cláusula de Mt 5,32 e 19,9 ("a não ser em caso de PORNÉIA") se traduzida por "a não ser em caso de adultério", reconhece um caso de separação legítima, mas não de segundas núpcias, pois logo acrescenta que quem se casar com a repudiada cometerá adultério. Muito provavelmente, porém, os textos de Mt 5,32 e 19,9 traduziram por "pornéia" (em grego) o termo aramaico "zenut", que significa união incestuosa. No caso, compreende-se que a separação seja não somente tolerável, mas desejável. O evangelista teria se referido a "zenut", pois este termo significa a união ilegítima por motivo de parentesco proibido pela Lei de Moisés (cf. Lv 18,1-24)."
Portanto, a Igreja entende a excessão "pornéia" como tradução do aramaico "zenut", ou seja, uniões ilícitas. Esta interpretação é coerente com At 5,20.29; 21,25, onde o termo "pornéia" volta a aparecer quando os apóstolos determinam aos pagãos que respeitem apenas 4 costumes judeus, sendo um deles que se abstivessem das uniões incestuosas (abstivessem da "pornéia"). Ora, uma vez convertidos, os fiéis pagãos com suas uniões incestuosas deviam escandalizar os judeus-cristãos, acostumados as leis de Moisés. Daí a ordem dos apóstolos para que os pagãos respeitassem alguns costumes judaicos, tal como abster-se de uniões incestuosas.
Observe que em At 5,20.29; 21,25, o termo "pornéia" significa, certamente, "união incestuosa" e não "adultério", pois não haveria necessidade dos apóstolos se reunirem para ordenar que os pagãos evitassem o adultério, pois isto era óbvio. Porém, quanto às uniões incestuosas dos pagãos, a solução não era tão óbvia, fazendo-se necessário a convocação do Concílio de Jerusalém para determinar sobre este assunto e demais questões controversas. A questão das uniões envolvendo pagãos era tão delicada, que Paulo em 1Cor 7 vai tratar das uniões de cristão com pagão, afirmando que não tem mandamento do Senhor sobre o assunto.
Portanto, no caso de "pornéia", não houve matrimônio ou a cerimônia matrimonial não era válida. Tal pessoa pode viver novas núpcias porque jamais teve um matrimônio válido, simplesmente coabitou ilicitamente com um(a) companheiro(a).
Veja os casos atuais de cerimônias matrimoniais inválidas na matéria: Quando o Matrimônio é Nulo?
Dirá o irmão: "Então quer dizer que o casamento é indissolúvel? Mas, na prática, isso é quase impossível para muitos casais! Quem poderá suportar este fardo?" Querido irmão, esta sua aflição não é apenas sua. É também de todos, porque humanamente parece impossível vivenciá-la. Esta foi também a aflição dos discípulos, veja o que disseram pra Jesus:
"Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar." (Mt 19,10)
Jesus responde, no entanto, que nem todos conseguem viver no celibato. Na sequência, Jesus propõe outras orientações rígidas que parecem impossíveis de serem vividas, tal como a indissolubilidade do matrimônio. Perplexos, eles voltam a insistir com Jesus: "Mestre, quem poderá então salvar-se?" (Mt 19,25). E Jesus lhe respondeu:
"Aos homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível." (Mt 19,26)
Portanto, irmão, não se aflija por não conseguir compreender. Nem se preocupe em dar uma resposta a quem lhe perguntar: "Como pode ser possível uma relação matrimonial indissolúvel?", porque nem mesmo Jesus a deu quando questionado. Ao contrário, Jesus reconheceu que aos homens isto é impossível, mas não para Deus. Depois de olhar os casais que completam bodas de prata, bodas de ouro e morreram idosos tendo 1 único cônjugue ao longo de toda sua vida, apenas aceite que esta é a ordem de Jesus e acredite que "para Deus nada é impossível".
Antes de terminar, uma sugestão àqueles que atualmente estão divorciados vivendo com estabilidade numa segunda família e, por isso, não podem comungar o Corpo e Sangue de Nosso Senhor por estarem em pecado mortal.
É extremamente complicado para uma pessoa renunciar a sua segunda (ou terceira, quarta, ...) união, pois há toda uma estrutura estável já montada (filhos, finanças, relações familiares, etc.) para que possa voltar a ter plena comunhão com a Igreja.
O que fazer neste caso? Não há solução simples. Qualquer decisão tomada (renunciar à comunhão com a Igreja ou renunciar à união ilícita), trará consequências traumáticas. Porém, há um caminho bem menos traumático, embora continue a exigir um duro sacrifício pelo erro cometido no passado. Entre 2 extremos que beiram o impossível, ou seja, optar entre abandonar toda a estável estrutura familiar atual ou abandonar a comunhão com a Igreja e com o Corpo de Cristo, sabendo nós que "quem não comer da Minha Carne e não beber do Meu Sangue não tem a Vida Eterna" (Jo 6,53), entre estas 2 opções, há um caminho difícil, porém, que nos permite não abandonar toda a atual estrutura familiar nem a comunhão com Deus e com a Igreja.
Este caminho, difícil mas não impossível, é o casal de união ilícita conviver debaixo do mesmo teto, mantendo toda a estrutura familiar, mas numa relação semelhante a de irmãos, vivendo no celibato. Por mais difícil que possa ser viver o celibato (ainda mais nesta situação), o casal pode encará-lo como uma justa penitência pelos erros cometidos no passado, e também como participação no sacrifício de Cristo que sofreu pelos pecados da humanidade.
Lembre-se também dos mártires, que para manter a comunhão com Deus e com a Igreja sofreram mortes violentas, jogados aos leões, fervidos em óleo, enforcados, jogados ao mar, queimados na fogueira, enfim, sofreram as mais absurdas dores, quando bastaria que negassem o senhorio de Jesus para se livrarem da morte e dos cruéis sacrifícios. Se eles, inocentes, optaram por destino tão cruel para não perderem a comunhão com Deus e com a Igreja, porque nós, nem tão inocentes quanto eles, não conseguiremos viver o sacrifício do celibato para voltarmos a comunhão com Deus e com a Igreja? Os mártires optaram pelo sacrifício sem terem culpa alguma, muito pelo contrário. Mas os divorciados recasados fariam tal sacrifício para corrigir o seu próprio erro cometido no passado.
Além do mais, Jesus e Paulo insistem no valor do celibato como meio de crescimento na vida espiritual. Desta forma, tal sacrifício terá, em compensação, esta grande vantagem. É uma opção para quem deseja manter a estável estrutura familiar na qual encontra-se inserido e reconquistar a comunhão com Deus e com a Igreja.
Se você, porém, for a favor do divórcio, saiba que você não está se opondo a Igreja, mas sim, está contradizendo e se opondo a Jesus Cristo e à Bíblia.


Claudio Augusto

SEXTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2009


12 de junho de 2009 — Sexta-feira
10a Semana Comum
Formulário do 10° Domingo Comum
(Cor Verde)


Jesus ensina-nos a radicalidade do amor, daquele amor que vem de dentro, do coração de Deus. Os homens, com suas interrogações ou interpretações, não entendem o amor verdadeiro ou dele se afastam. Quem se aproxima verdadeiramente desse amor, torna-se livre e vive em paz. Por isso, Jesus fala além daquilo que os homens compreendem sobre o amor, para que o vivam com maior profundidade. As palavras de Jesus são hoje para todos nós.


Deus nos fala

A grandeza da missão e a força da pregação são tesouros verdadeiros, mas guardados em vasos de argila muito frágeis.Quando o evangelho é vivido autenticamente, ele atinge todas as dimensões da vida, atinge a pessoa inteira. Ele é força transformadora que nos leva à comunhão de vida e de amor.


Primeira Leitura (2Cor 4,7-15)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 7trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda a parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos.
11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos porá a seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Responsório (Sl 115,10-18)

— Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
— Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
— Guardei a minha fé, mesmo dizendo: “É demais o sofrimento em minha vida!” Confiei, quando dizia na aflição: “Todo homem é mentiroso! Todo homem!”
— É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, vosso servo que nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
— Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.


Aclamação (Fl 2,15-16)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Como astros no mundo brilheis, pregando a Palavra da vida!


Evangelho (Mt 5,27-32)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. 30Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno.
31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

PRINCIPAIS MILAGRES EUCARÍSTICOS

Quais os principais milagres eucarísticos?

1-Lanciano - Itália - aprox. ano 700
Este milagre aconteceu no Mosteiro de S. Legoziano, dos monges de S. Basílio. Foi submetido à análise científica dos Drs. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Aresto e livre docente de anatomia e histologia patológica e de química e microscopia clínica; Dr.Ruggero Bertelli, prof. Emérito de anatomia humana normal na universidade de Sena. Resultados: Relatório de 4 de março de 1971:

Esta é a foto do cálice que contém o sangue:


a ) A carne é verdadeira carne.
b ) O sangue é verdadeiro sangue.
c ) A carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio, nervo vago).
d ) A carne e o sangue são do mesmo tipo AB e pertencem à espécie humana. Obs: é o mesmo tipo de sangue encontrado no Sudário de Turim.


Esta é a foto do hostensório, mas que bem em destaque aparece a hóstia transformada em carne:


e ) Trata-se de carne e sangue de uma pessoa viva, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele mesmo dia de um ser vivo.
f ) No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloretos, fósforos, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
g ) A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.Disseram os cientistas aos frades: ´E o Verbo se fez Carne!´
Este é o hostensório onde esta guardado o sangue e a carne do milagre ocorrido em Lanciano:

2 - Orvieto - Bolsena - Itália - 1263
Jesus tinha pedido à Beata Juliana de Cornillon (†1258) a introdução da festa de ´Corpus Domini´ no calendário litúrgico da Igreja. O Pe. Pedro de Praga, da Boêmia, celebra Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, e então, ocorre o milagre. O Papa Urbano IV (1262´1264), residia em Orvieto e ordena ao Bispo Giacomo levar as relíquias a Orvieto. O Papa escreve a Bula ´Transiturus de mundo´ ´ 11/08/1264 ´ que prescreve que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, seja celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino é encarregado do Ofício. Em 1290 ´ construída a Catedral de Orvieto ´ ´Lírio das Catedrais´.

3 - Ferrara - 28/03/1171
Aconteceu na Basílica de Santa Maria in Vado. Propagava´se com perigo a heresia de Berengário de Tours, negava a Eucaristia. Pe. Pedro de Verona, com três sacerdotes celebram a Missa de Páscoa; a Hóstia se transforma em carne, sai sangue que atinge o altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje. Documentos: Breve do Cardeal Migliatori (1404). ´ Bula de Eugênio IV(1442), encontrada em Roma em 1975. Londres - 1981 - encontrado documento de 1197 narrando o fato.

4 - Offida - Itália - 1273
Ricciarella Stasio, devota imprudente realiza práticas supersticiosas com a Eucaristia; esta se transforma em carne e sangue. Entregue ao pe. Giacomo Diattollevi, conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos.

5 - Sena - Itália - 1330
Um sacerdote coloca uma Hóstia dentro do seu Breviário para levá-la a um enfermo grave. A Hóstia se liquefez em sangue e molhou as páginas do Livro. Veneradas em Cássia, na Basílica de Santa Rita de Cássia, como ´Corpus Domini´.

6 - Turim - Itália - 1453
A igreja e o sacrário da Catedral de Milão foram saqueados e o ostensório de prata foi roubado e colocado em uma carruagem, e levado a Turim. O cavalo parou diante da igreja de S.Silvestre, o ostensório caiu no chão, e levantou´se pairando no ar, com grande esplendor, como o Sol. O bispo Ludovico Romagnano é chamado. O ostensório cai no chão e fica a hóstia no ar. Desce em seguida dentro de um cálice seguro pelo bispo. Documentos: Atti Capitolari, de 1454 a 1456 e Construção da igreja ´Corpus Domini´

7 - Sena - Itália - 1730Basília de São Francisco.
São jogadas no chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que roubaram a igreja. Achadas entre as esmolas e outros papéis. Guardadas não se estragaram. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.

Prof. Felipe Aquino

CORPUS CHRISTI








Deivid Franklin de Aquino[1]“... A eucaristia nos faz igreja, comunidade de amor”


Este pequeno trecho de um canto popular, que muitas comunidades cantam no dia de Corpus Christi, expressa bem o valor e o sentido da festa a qual celebramos. A festa do Corpo e Sangue de Cristo teve inicio em meados do Séc.XII, onde a Igreja sentiu a necessidade de uma solenidade que destacasse a real presença do “Cristo Todo” no pão consagrado. A festa foi instituída pelo Papa Urbano IV, com a bula papal “TRANSITURUS” em 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na primeira quinta-feira após a solenidade da Santíssima Trindade.É muitas vezes difícil de compreender para um individuo não católico, a verdadeira presença de Cristo na matéria do Pão e do Vinho, é uma realidade que ultrapassa toda a compreensão limitada do homem, por isso, o sacerdote, com sua autoridade e missão instituída pelo próprio Cristo, pronuncia após a narração da ultima ceia, o que realmente a Eucaristia significa EIS O MISTÉRIO DA FÉ, de fato, a Eucaristia “é o resumo e súmula da nossa fé”[2]. A Igreja tem sua origem no sacrifício gratuito de Cristo na cruz, torna-se a “Nova Eva”, redimida de todo o pecado, lavada e purificada pelo Sangue e Água (Jo 19,37) que jorra da cruz. A Eucaristia é o fundamento de Ser e de Agir da Igreja, na antiguidade cristã se referia com as mesmas palavras Corpus Christi, o corpo nascido da Virgem Maria, o corpo eucarístico e o corpo eclesial de Cristo, não há Igreja sem Eucaristia, e a Eucaristia é o próprio Cristo que se dá por amor a nós e a sua Igreja (Católica), configurando-nos como um só corpo, sinal de unidade, onde Cristo é a cabeça. Lembrando assim, as palavras da Oração Eucarística II, ao invocar o Paráclito, formula a prece pela unidade da Igreja: “[...] participando no Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos, pelo Espírito Santo, num só Corpo”. Desta maneira, não se pode crer que Cristo esteja na cabeça sem estar também no corpo, pois ele está todo inteiro na cabeça e no corpo ( Christus Totus In Capite et in Corpore ).A Eucaristia nos configura ao Corpo místico de Cristo, tornando-nos um só, não é o alimento eucarístico que se transforma em nós, mas somos nós que acabamos misteriosamente mudados por ele. “O grande doutor e teólogo da Igreja Santo Agostinho em sua obra intitulada “Confissões”, já tinha compreendido tal realidade:” Sou o pão dos fortes; cresce e comer-me-ás. Não me transformarás em ti como alimento da tua carne, mas mudar-te-ás em mim”[3] e continua em outra obra sua “DE CIVITATE DEI” – Cidade de Deus – “esse é o sacrifício dos cristãos, ou seja, serem muitos e um só corpo em Cristo. A Igreja celebra esse mistério através do sacramento do altar, que os fiéis bem conhecem e no qual se lhes mostra claramente que, naquilo que se oferece, ela mesmo é oferecida.”[4]. A Eucaristia é sinal do Amor de Deus por nós, que se manifesta na comunidade, no amor ao próximo, na prática do Bem de forma concreta e verdadeira, lembrando assim, o Papa Bento XVI, “Onde se destrói a comunhão com Deus, que é comunhão com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, destrói-se também a raiz e a fonte da Comunhão entre nós. E onde a comunhão entre nós não for vivida, também a comunhão com o Deus-Trindade não é vivida nem verdadeira.”[5], a Eucaristia implica sempre esse compromisso com o “outro” uma conotação vertical e uma horizontal: Comunhão com Deus e comunhão com os irmãos e irmãs, lembrando o símbolo da cruz, com suas hastes, uma na vertical e outra na horizontal.Celebrar o Corpus Christi é fazer memória do amor de Cristo por nós, a sua entrega-doação pela remissão dos pecados do mundo, como também, dar continuidade a sua missão e ao seu mandato: “Façam isto em Memória de Mim” (Lc 22,19). A Eucaristia nos faz descobrir que Cristo morto e ressuscitado, se manifesta como nosso contemporâneo no mistério da Igreja seu corpo, que a Festa do Corpo e Sangue de Cristo, seja sempre a manifestação deste mistério acreditado, celebrado e vivido, realizando desta maneira as palavras de Cristo: “Eu estou sempre convosco, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).


[1] Seminarista de Diocese de Santa Luzia – Mossoró/RN, aluno do 3°ano de Filosofia da FAFIC, Cajazeiras/PB.

[2] Catecismo da Igreja Católica, 1327

[3] CONFISSÕES, Livro 7, Cap. 10.

[4] De Civitate Dei 10, 6: Pl 41, 284.

[5] BENTO XVI, Audiência Geral de 29 de Março de 2006. L´Osservatore Romano.

A Profecia de Martinho Lutero

A Profecia de Martinho Lutero:

"Este não quer o batismo, aquele nega os sacramentos; há quem admita outro mundo entre este e o juízo final, quem ensina que Cristo não é Deus; uns dizem isto, outros aquilo, em breve serão tantas as seitas e tantas as religiões quantas são as cabeças"

Martinho Lutero (In. Weimar, XVIII, 547 ; De Wett III, 6l)

"Se o mundo durar mais tempo, será necessário receber de novo os decretos dos concílios católicos a fim de conservar a unidade da fé contra as diversas interpretações da Escritura que por aí correm"

Martinho Lutero (Carta de Lutero à Zwinglio In. Bougard,Le Christianisme et les temps presents, tomo IV (7), p.289)

O católico adora os santos?

O católico adora os santos?

Adoramos a Deus. Veneramos os seus santos. Adorar é proclamar submissão a alguém como Ser Supremo. Adora-se apenas a Deus. Louvar é elogiar alguém, seja ele quem for. Louva-se a Deus, a heróis, a pessoas boas, a quem acerta ou vence. A Bíblia louva inúmeros homens e mulheres.

Venerar é tributar grande respeito e admiração, render culto, reverenciar. Venera-se os anciãos, os pais, as pessoas boas, os escolhidos de Deus. Deus merece mais que um grande respeito. Deus merece adoração.

Nós católicos adoramos só a Deus, mas veneramos, admiramos e fazemos festa para os cristãos cuja vida deu certo. Adoramos só a Deus, mas veneramos Maria e todos os santos. São veneráveis porque dignos de elogio e respeito, e beatos porque são felizes de verdade, porque se deram bem na aventura de viver.

A Bíblia não me condena por isso. Condenaria se eu os adorasse. Isso eu nunca fiz nem farei! Sou inteligente o bastante para saber a diferença.

Pe. Zezinho, scj - Revista "Ir ao Povo" no. 39

LITURGIA DIÁRIA


9 de junho de 2009 — Terça-feira
Bv. José de Anchieta
(Preb, Mem., Cor Branca)


José de Anchieta era Jesuíta. Aos 19 anos, em 1553, deixou sua terra natal e veio para as missões no Brasil. Seu apostolado abrange desde a Bahia até São Paulo. Participou da fundação da cidade de São Paulo, além da fundação de um colégio para jovens. Dedicou-se tenazmente ao trabalho de evangelização dos índios, deixando escritos na língua tupi uma gramática e um catecismo. Morreu em 9 de junho de 1597. Foi beatificado por João Paulo II em 1980.


Deus nos fala

A salvação não vem de ideias ou pensamentos humanos, mas de uma pessoa: Jesus Cristo. O cristão é aquele que dá sentido à vida, porque manifesta a aliança entre Deus e os homens, sendo luz no mundo. Acreditar intensamente é ser luz e sal do mundo.


Primeira Leitura (2Cor 1,18-22)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 18eu vos asseguro, pela fidelidade de Deus: O ensinamento que vos transmitimos não é sim e não. 19Pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, que nós – a saber: eu, Silvano e Timóteo – pregamos entre vós, nunca foi sim e não, mas somente sim.
20Com efeito, é nele que todas as promessas de Deus têm o seu sim garantido. Por isso também, é por ele que dizemos amém a Deus, para a sua glória.
21É Deus que nos confirma, a nós e a vós, em nossa adesão a Cristo, como também é Deus que nos ungiu. 22Foi ele que nos marcou com o seu selo e nos adiantou como sinal o Espírito derramado em nossos corações.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Responsório (Sl 118,129-135)

— Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo!
— Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo!
— Maravilhosos são os vossos testemunhos, eis por que meu coração os observa!
— Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.
— Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos.
— Senhor, voltai-vos para mim, tende piedade, como fazeis para os que amam vosso nome!
— Conforme a vossa lei, firmai meus passos, para que não domine em mim a iniquidade!
— Libertai-me da opressão e da calúnia, para que eu possa observar vossos preceitos!
— Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos!


Aclamação (Mt 5,16)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos vossa luz. Vendo eles vossas obras, deem glória ao Pai Celeste!


Evangelho (Mt 5,13-16)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 13"Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor

SANTÍSSIMA TRINDADE


"Santíssima Trindade"

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo !


Terminado o Tempo Pascal, celebramos a festa da Santíssima Trindade. Esta devoção tem início no século 10º. No ano 1570, com o missal de Pio V, a festa foi estendida a toda a Igreja. Os textos oracionais tendem a explicar o mistério, como rezamos no prefácio da Missa: “Com vosso Filho único e o Espírito SAnto sois um só Deus e um só Senhor.Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus...”. Os textos bíblicos aprofundam a revelação de Deus. Não celebramos um mistério da vida de Cristo, mas a verdade sobre o Deus Uno e Trino. A oração da Missa leva-nos a reconhecer que esse mistério não foi invenção humana mas revelado por Jesus. “Ó Deus, que enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes vosso inefável mistério”. Professando a fé reconhecemos a glória da Trindade e adoramos a Unidade onipotente (oração). A revelação deste mistério é um convite à participação de sua Vida. Jesus veio revelar o Pai: “Ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11,27). Esta é sua missão. A missão do Espírito é viver em nós para que esta Vida divina seja nossa vida. Diz Jesus: “Quem crê em mim, de seu seio jorrarão rios de Água Viva. Ele falava do Espírito que, deviam receber os que nele cressem” (Jo 7,38-39).

Caminha conosco!

O povo de Deus, lentamente, foi conhecendo o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, o Deus dos pais. Esta fé foi se sedimentando até à pureza que encontramos nos profetas. O povo O conheceu pela experiência de um Deus que está sempre junto, como lemos em Deuteronômio: “Qual foi o Deus que tomou para si uma nação por meio de sinais, prodígios ...? (Dt 4,34). Por isso Moisés diz a Deus: “Como se saberá que encontramos graça a vossos olhos eu e vosso povo, senão pelo fato de irdes conosco? (Ex 33,16). Ele é o Deus que liberta e caminha com ele: “Eu vi, eu vi a miséria de meu povo no Egito e ouvi o clamor que lhe arrancam seus opressores ... Desci para libertá-lo ... e levá-lo para uma terra boa e espaçosa” (Ex 3,7-8). Este é o Deus do que o escolheu e com ele fez aliança.

Abbá, Papai!

Em o Novo Testamento, Jesus é a revelação do Pai, que não é assustador, mas Aquele que ama a cada um e o tem como filhinho. Paulo escreve: “O que recebestes foi um Espírito que faz de vós filhos adotivos e que nos leva a bradar: Abbá, Pai! (Rm 8,15). Melhor, Paizinho. Jesus louva o Pai que se revela aos pequeninos (Lc 10,21-22). Jesus é o pequenino, amado do Pai que O revela como misericordioso que busca a ovelha perdida, que acolhe a pecadora e que come com publicanos e pecadores. É um Deus que caminha com o pobre. O tempo da Igreja continua a missão de fazer conhecido o Mistério da Trindade, pois acolhe a ordem de Jesus: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19-20). O Deus dos Pais continua caminhando com seu povo, libertando-o de maiores escravidões e dando a participar da vida da Trindade Santa a quem damos toda honra, glória e poder. Amar e adorar a Trindade tem como conseqüência viver em comunhão fraterna, como vivem as três Pessoas Santíssimas. Ao fazer o sinal da Cruz, queremos que nossa vida esteja sempre unida ao Deus que nos amou, salvou e sustenta.


1.A partir do século X deu início à devoção à Ssma Trindade. A eucologia da Missa trata do mistério, os textos das leituras da revelação na Palavra. Jesus revela o Pai e nos dá sua Vida pelo Espírito.

2.O povo de Deus conheceu o Deus de Abraão, Isaac e Jacó pela experiência de libertação do Egito, a aliança no deserto e a entrada na terra. É um Deus que caminha com o povo, como relata Moisés.

3.Jesus revela o Pai, não como o terrível do Sinai, mas o amoroso Paizinho. Jesus louva o Pai porque se revela aos pequeninos. Jesus é o pequenino que busca a ovelha perdida, acolhe a pecadora e come com os publicanos. Hoje continua caminhando com seu povo libertando-o de escravidões maiores e dando a participar de sua vida. Fazemos o sinal da Cruz porque queremos que nossa vida esteja unida ao Deus que nos amou, salvou e sustenta.


Entendendo o incompreensível

No livro “Pequeno Príncipe” encontramos esta frase: “Quando o mistério é muito grande a gente não ousa desobedecer”(Saint Éxupery). Assim estamos diante da SSma. Trindade: Silêncio e acolhimento. Não é que o mistério seja incompreensível, mas que é bonito demais para querer explicar com palavras. Basta obedecer e acolher a grandeza que nos é oferecida.
Deus não é gente, isto é, não é como nós. O que falamos dele e, é parecido conosco, foi porque usamos palavras nossas para explicar o que não tem palavras. Conhecemos Deus pelo bem que nos faz. É um Deus que caminha conosco. Somos filhos garantidos pelo Espírito Santo; sofremos com Jesus e somos glorificados com Ele.
Não basta crer. Se crermos, anunciamos, como Jesus nos mandou fazer.
Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista

10º - DOMINGO DO TEMPO COMUM - SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

7 de junho de 2009 — Domingo
10º.Domingo Comum
(Cor Verde)

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE
(Cor Branca)

PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO: COMUNIDADE ETERNA DE AMOR!


As três pessoas da Santíssima Trindade estabelecem comunhão e união perfeita, formando um só Deus, e constituem um perfeito modelo transcendente para as relações interpessoais. Elas possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, sabedoria, poder, bondade e santidade. Celebremos nosso Deus vivo e verdadeiro que, fiel à Aliança, age na história do povo, concedendo-lhe a terra. Fiéis ao Espírito Santo, sejamos discípulos de Jesus e propagadores do Reino do Pai a todos os povos.

LITURGIA DA PALAVRA

Deus nos fala

A Palavra de Deus chama-nos, encoraja-nos e envia-nos a agir em nome de Jesus: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Deus não permite que o povo adore outros deuses. Ele é o único Deus vivo que age na história. Como filhos e herdeiros, participamos dos sofrimentos e da glória de Jesus na certeza de que seu Espírito estará sempre conosco. Deixemos, pois, a Palavra do Senhor agir em nossa vida.

Primeira Leitura (Dt 4,32-34.39-40)

Leitura do Livro do Deuteronômio:
Moisés falou ao povo, dizendo:
32“Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga, de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande ou se ouviu algo semelhante.
33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo?
34Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?
39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele.
40Guarda suas leis e seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.

— Palavra do Senhor!
— Graças a Deus!


Responsório (Sl 32)


— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.
— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.
— Reta é a palavra do Senhor,/ e tudo o que ele faz merece fé./ Deus ama o direito e a justiça,/ transborda em toda a terra a sua graça.
— A palavra do Senhor criou os céus,/ e o sopro de seus lábios, as estrelas./ Ele falou e toda a terra foi criada,/ ele ordenou e as coisas todas existiram.
— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/ para da morte libertar as suas vidas/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.
— No Senhor nós esperamos confiantes,/ porque ele é nosso auxílio e proteção!/ Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!


Segunda Leitura (Rm 8,14-17)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai!
16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus.
17E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se real­mente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Aclamação
— Aleluia, aleluia! aleluia, aleluia!/ Aleluia, aleluia! aleluia, aleluia!/
1. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Divino/ Ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém.


Anúncio do Evangelho (Mt 28,16-20)

— O Senhor esteja convosco!
Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo,
16os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado.
17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram.
18Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.
19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

Profissão de Fé
(Símbolo Niceno-Constantinopolitano)
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra,/ de todas as coisas visíveis e invisíveis./ Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,/ Filho unigênito de Deus,/ nascido do Pai antes de todos os séculos:/ Deus de Deus, luz da luz,/Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,/ gerado, não criado, consubstancial ao Pai./ Por ele todas as coisas foram feitas./ E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus:/ (inclina-se até às palavras e se fez homem) e se encarnou pelo Espírito Santo,/ no seio da Virgem Maria, e se fez homem./ Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;/ padeceu e foi sepultado./ Ressuscitou ao terceiro dia,/ conforme as Escrituras,/ e subiu aos céus,/ onde está sentado à direita do Pai./ E de novo há de vir,/ em sua glória,/ para julgar os vivos e os mortos;/ e o seu reino não terá fim./ Creio no Espírito Santo,/ Senhor que dá a vida,/ e procede do Pai e do Filho;/ e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado;/ ele que falou pelos profetas./ Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica./ Professo um só batismo/ para remissão dos pecados./ E espero a ressurreição dos mortos/ e a vida do mundo que há de vir. Amém.

Preces dos Fiéis

— Trindade Santa: Pai, Filho e Espírito Santo, concedei-nos o dom de amar e confiar. Acolhei nossas súplicas e a nós que confiantes vos clamamos: Santíssima Trindade, fazei-nos viver no amor!
1. REZEMOS para que a Igreja, corpo místico de Cristo, reflita cada vez mais em seu rosto o amor presente na Santíssima Trindade.
2. REZEMOS para que o Santo Padre, o papa Bento XVI, os bispos e seus auxiliares, conduzidos pelo Espírito Santo, tenham sabedoria e santidade para coordenar e animar o Povo de Deus.
3. REZEMOS para que todos os batizados, conscientes de sua missão de filhos de Deus, deem testemunho de sua fé e, como discípulos e missionários de Jesus, proclamem com alegria o Reino de Deus.
4. REZEMOS para que o amor-comunhão presente nas Três Pessoas da Santíssima Trindade nos faça comprometidos com a prática da justiça e da fraternidade em nossa família, em nossa comunidade e no mundo.
5. REZEMOS pelos doentes, por aqueles que estão angustiados e por todos os que se recomendaram as nossas orações.

— Acolhei, ó Deus, nossos pedidos, e por vossa bondade, socorrei-nos em nossas necessidades. Por Cristo, nosso Senhor.
— Amém.

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