SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

MÊS MARIANO

Uma Benção! Esta palavra define como tem sido a celebração do Novenário Mariano em Nossa Paróquia.

Várias são as comunidades que estão prestando sua homenagem e sua devoção à nossa Mãe Maria Santíssima

Na Igreja matriz, como de costumes já alguns anos, as famílias de Carnaubais fazem a sua devida homenagem a Nossa Mãe e Mãe da Igreja.

CALENDÁRIO DE CELEBRAÇÃO DO MÊS MARIANO 2010

DATA

DIA DA SEMANA

FAMÍLIAS / NOITEIROS

01/05/09

Sábado

Trabalhadores

02/05/09

Domingo

Oliveira

03/05/09

Segunda-feira

Escolas (Abel, Adalgiza e Alcides)

04/05/09

Terça-feira

Manso e Mancio

05/05/09

Quarta-feira

Cabral

06/05/09

Quinta-feira

Filadelfo e Xavier

07/05/09

Sexta-feira

Santana

08/05/09

Sábado

Wanderley e Menezes

09/05/09

Domingo

Lacerda

10/05/09

Segunda-feira

Cavalcante

11/05/09

Terça-feira

Pimentel

12/05/09

Quarta-feira

Evangelista

13/05/09

Quinta-feira

Pastorais e Movimentos

14/05/09

Sexta-feira

Marques

15/05/09

Sábado

COMUNIDADES

16/05/09

Domingo

Macedo

17/05/09

Segunda-feira

Leocádio

18/05/09

Terça-feira

Souza

19/05/09

Quarta-feira

Dantas

20/05/09

Quinta-feira

Mendes

21/05/09

Sexta-feira

Fonseca

KART DESIGNER 9958-7466

22/05/09

Sábado

Albuquerque

23/05/09

Domingo

Lira e Militão

24/05/09

Segunda-feira

Moura

25/05/09

Terça-feira

Lemos

26/05/09

Quarta-feira

Cunha

27/05/09

Quinta-feira

Paulino

28/05/09

Sexta-feira

Silva

29/05/09

Sábado

Juventude

30/05/09

Domingo

Rodrigues

31/05/09

Segunda-Feira

Coroação de Nossa Senhora

PALAVRA DO PASTOR


Entre os dias 04 e 13 de maio, o episcopado brasileiro estará reunido em Brasília - e não em Itaici como de costume - para a 48ª Assembleia Geral, onde teremos como tema central: “Discípulos e servidores da Palavra de Deus e a missão da Igreja no mundo”, além de temas prioritários como as comunidades eclesiais de base, a avaliação das diretrizes gerais da Igreja no Brasil (DGAE) e da missão continental, a questão agrária e os 100 anos do movimento ecumênico.
Após a Assembleia dos bispos teremos também em Brasília, dos dias 13 a 16, o XVI Congresso Eucarístico Nacional. Não é a primeira vez que Brasília é sede de um Congresso Eucarístico, já houve a VIII edição, em 1970, e agora se realiza como ponto alto da celebração dos 50 anos de criação da Arquidiocese de Brasília e traz como tema: “Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários” e como lema: “Fica conosco, Senhor!” (Cf Lc 24,29)
O discípulo missionário de Jesus Cristo se alimenta do pão eucarístico para que possa fortalecer-se na fé, na esperança e na caridade, para que não desfaleça por causa das dificuldades do caminho. A eucaristia também gera a unidade da Igreja. Na celebração eucarística pedimos que o Espírito Santo venha sobre as oferendas do pão e do vinho para que se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo e pedimos também que sejamos reunidos num só corpo. E o Papa Bento XVI nos recorda: "A união com Cristo que se realiza no sacramento habilita-nos também a uma novidade nas relações sociais: a mística do sacramento tem um caráter social porque a união com Cristo é, ao mesmo tempo, união com todos os outros aos quais Ele se entrega. Eu não posso ter o Cristo só para mim, posso pertencer-lhe somente unido a todos aqueles que se tornaram ou hão de tornar-se seus” (Sacramentum caritatis, 89).
O lema do congresso, “Fica conosco, Senhor!”, expressa a fome de Deus que se encontra no coração de cada ser humano. Recorda-nos que, sem Cristo, a nossa vida não tem sentido, não encontramos a felicidade autêntica, ou seja, permaneceremos numa assustadora solidão.
Que Maria, a mulher eucarística, nos ajude a traduzir em nossas vidas a unidade que a Eucaristia gera em nós.

Dom Mariano Manzana
Bispo Diocesano

Escândalos na Igreja - 0,02 % dos padres

Você sabe quantos Padres temos no Brasil? Vamos fazer uma conta?


Até o dia 1º de maio de 2010, a Igreja contava com 18 mil padres no Brasil. E mais de 100 milhões de fiéis. Isso significa que cada padre tem que atender a mais de 5555 fiéis.
Agora faça essa conta comigo:
  • 10% de 18 mil padres = 1.800 padres
  • 1% de 18 mil padres = 180 padres
  • 0,1% de 18 mil padres = 18 padres
  • 0,01% de 18 mil padres = 1,8 padres
Quantos padres brasileiros estão envolvidos em escândalos pela mídia? 2 ou 3? Isso significa menos de 0,02% de todos os padres do Brasil!
  • E os outros 99,98%?
  • Nós vamos condenar todos os padres por causa de 2 ou 3?
  • Nós vamos deixar de acreditar em 11 Discípulos porque Judas traiu Jesus?
  • Nós vamos deixar de acreditar no Senhor por causa disso?
  • Deixaremos de ir à Igreja e de comungar por causa da mídia escandalosa?
Pense bem: mesmo você sendo pecador e imperfeito, mesmo com dúvidas, mesmo que você se afaste da Igreja de Cristo, mesmo assim Jesus morreu por você!
Pense nisso com carinho.

Dom Eduardo Pinheiro da Silva

HOMILIA DO NÚNCIO APOSTÓLICO

HOMILIA DO NÚNCIO APOSTÓLICO

48ª Assembleia Geral da CNBB

Brasília, - 4/4/2010

Missa de abertura da Assembleia


“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jô 14, 27ª)

Estas palavras de paz que Jesus dirige a seus discípulos no discurso da última Ceia, que acabamos de ouvir no evangelho, constitui hoje para nós Bispos um momento de grande alegria e um ponto privilegiado de reflexão, como sucessores dos Apóstolos, que celebram a Eucaristia ao início da quadragésima oitava Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Estas expressões estão em sintonia com aquelas que Jesus, entrando a portas fechadas no cenáculo na tarde da Páscoa, disse: “A paz esteja convosco”.

Eminênicas, Excelências, Irmãos no Episcopado e irmãos e irmãs em Cristo.

Com estas mesmas palavras pascais saudar a todos, aqui presentes neste solene rito eucarístico, com afeto fraternal e profunda comunhão, na minha qualidade de Núncio Apostólico, Representante de Sua Santidade o Papa Bento XVI no Brasil, honrado e grato pelo convite formulado por o Exmo. Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha; convite, que me permite encontrar novamente o episcopado brasileiro, celebrar a Eucaristia e expressar-lhe minha alta estima e minha sincera gratidão pela sua esmerada e zelosa ação pastoral no Brasil, que pude constatar nas inúmeras visitas pastorais tomadas de posse, celebrações comemorativas, assembléias e encontros ao longo de minha missão eclesial e diplomática. A Visita “ad Limina Apostolorum” em curso manifesta ainda mais o vosso afeto episcopal e a vossa comunão para com o Santo Padre e para toda a Igreja espalhada no mundo.

Evocando as palavras de Jesus que o Celebrante dia na oração do rito de Comunhão: “Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos apóstolos: ‘Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz’”, nós neste momento nos introduzimos na profundidade da identidade messiânica de Jesus, que se revela Príncipe da paz e Cristo nossa paz e nos convida a refletir ainda mais no verdadeiro significado da paz, tão desejada e querida por todos neste mundo convulsionado, violento e desorientado.

“Shalom”, paz, para os judeus não é simplesmente uma saudação habitual de augúrio, como quer significar também na linguagem de hoje no âmbito comum e profano. Os Judeus, de acordo com a própria fé e cultura, provindas das Sagradas Escrituras, atribuíam ao termo “shalom” um significado mais profundo, que pode ser resumido assim: a plenitude da vida e da salvação, a perfeição e a felicidade, como realização de todos os desejos humanos, as esperanças messiânicas, incluindo a conquista definitiva da comunhão com Deus, cuja componente essencial do bem supremo é a paz, como presença de Deus no meio do povo (cf. Missal Quotidiano, Ed. Paulinas, 1985, pág. 396).

Jesus, quando fala de paz e diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz eu vos dou”, entra nessa perspectiva bíblica e se define como protagonista e realizador das expectativas messiânicas. Ele, enquanto Messias, o Filho de Deus feito Homem, despediu-se dos discípulos na última Ceia utilizando a forte expressão, que vai mais além de toda simples saudação: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”; e qualifica a paz como um “dom”. Não resulta na literatura profana, nem nas Sagradas Escrituras, uma linguagem tão direta e em primeira pessoa, como estas proferidas por Jesus. Aqui como em outros temas, concernentes o Sábado, o Templo, Abraão, Moisés, a remissão dos pecados, Jesus se atribui os mesmos poderes de Deus em primeira pessoa. Não fio condenado à morte por se igualar a Deus e se declarar Filho de Deus?

A partir do evento Jesus, então, o termo paz não é mais uma simples palavra de conveniência ou de protocolo formal nas saudações e nas despedidas, é uma definitiva expressão de salvação escatológica, oferecida por Ele aos homens e as mulheres de todos os tempos através do ministério da Igreja a longo dos séculos. Justamente pode-se dizer que Jesus é nossa paz, porque Jesus é o único Salvador e Redentor, que com sua presença e ação instaura e garante a Paz no mundo.

Neste sentido entendemos melhor, a saudação de Jesus, depois da ressurreição, aparecendo aos apóstolos: “a paz esteja convosco”. Com Ele, o Cristo ressuscitado, a paz è estabelecida e se torna uma realidade operante no mundo, como um dom duradouro e permanente. Jesus, no respeito da liberdade humana, não impõe a paz que ele dá; anuncia o dom da paz (“deixo-vos a paz”), oferece a paz (“a paz esteja convosco”) e define o tipo de paz (“minha paz”). A paz de Jesus é a sua paz; é aquela que ele dá aos seus discípulos; nEle se determina o tipo de paz (cf. Comm. Teol. Nuovo Testamento, II Vangelo di San Giovanni Paidéia, Edizione Brescia, 1981, pági. 141.)

Passando a contrapor a sua paz àquela que dá o mundo, Jesus diz: “nãovo-la dou como o mundo a dá” (v. 27b), querendo estigmatizar peremptoriamente que a paz do “Príncipe deste mundo”, Satanás, é oposta radicalmente a sua, e este tipo de paz está para acabar, porque foi decretado o juízo do mundo e a caída de seu príncipe. A vitória de Cristo sobre o maligno e seu império aconteceu com ressurreição e a partir dela foi inaugurado um mundo renovado. Neste mundo novo a luz e a vida circulam já em abundancia e a graça da redenção está em ação no universo que geme as dores do parto por seu resgate final

O mundo regenerado pelo sangue de Cristo e constituído como nova criação, se torna conseqüentemente o espaço e o tempo da ação dos cristãos, que não são deste mundo, mas estão no mundo para dar testemunho da palavra, da pessoa de Cristo que assegura a vida e a felicidade para sempre.

A inauguração dos novos tempos indica que o mundo ferido pelo pecado e em continua e incessante gestação por uma definitiva redenção, continuará até o fim dos tempos experimentando na sua realidade terrestre e cósmica, conflitos, guerras, homicídios, roubos, injustiças, violências, desastres naturais e ameaça de destruição planetária.

É o tempo da Igreja, é o nosso tempo, em continua tensão entre o bem e o mal, entre Cristo nossa paz, a verdadeira paz, e o mundo em busca permanente de paz, de progresso e de felicidade.

É tempo da Igreja no Brasil, nos seus contrastes gritantes de situações de violência, de injustiças, de corrupção, de desigualdades sociais, que a partir de Aparecida de 2007, adere com todas suas forças a Missão continental de evangelização, lançada ao nível latino-americano e caribenho. Bem a propósito neste ano Assembleia Geral Ordinária da CNBB tratará o tema central: “Discípulos e Servidores da Palavra de Deus e a missão da Igreja no mundo”.

O Concílio Vaticano II na Constituição pastoral “Gaudium ET spes”, enfrentando o tema da paz e da sua promoção na comunidade internacional, coloca os conceitos básicos sobre a natureza da paz, conceitos iluminados pela revelação e a tradição da Igreja. “A paz, diz o Concílio, não é simplesmente ausência da guerra; nem se reduz ao estabelecimento do equilíbrio entre as forças adversas ou resulta de dominação despótica (...); é (...) ‘obra da justiça’ (...), fruto da ordem que o divino Criador estabeleceu (...), que deve ser realizada pelos homens (...) (...) a paz nunca se alcança de uma vez para sempre, antes deve estar constantemente a ser edificada (...)”. E, finalmente: “A paz terrena, nascida do amor do próximo, é imagem e efeito da paz de Cristo, vinda do Pai. Pois o Filho encarnado, príncipe da paz, reconciliou com Deus, pela cruz, todos os homens” (n. 78).

O papa Paulo VI em 1967, com brilhante e inspirada intuição, acolheu o ensino conciliar e respondeu aos anelos e desejos mundiais de paz naquele momento à beira de conflito mundial nuclear, com a instituição da Jornada Mundial da Paz, a ser celebrada no dia primeiro de Janeiro de cada ano. A recente celebração da Jornada foi no primeiro de Janeiro 2010, a LXIII ( quadragésima terceira) Jornada Mundial da Paz, com o tema: “Se queres cultivar a paz, preserva a criação”.

A centralidade de Cristo na historia se contrapõe, hoje mais que no passado, ao antropocentrismo dominante e agressivo do pensamento filosófico e da ciência, que não se limita às esferas intelectuais ou tecnológicas; desce rapidamente no meio da gente comum e se torna práxis de vida, habitus, norma e costume. Este modo pensar é subjacente às formulações recomendadas em sedes internacionais, obrigado os Estados membros das organizações internacionais a adotá-las no próprio país, como normas à implementar, com conseqüências nefastas, sobretudo nos assuntos da vida, da dignidade da pessoa humana, da liberdade de expressão e de religião, da salvaguarda das instituições, como o matrimônio, a família, do conceito de gênero, desvirtuando e deturpando o real significado dos termos que constituem a substância da Carta Magna dos direitos humanos de 1948.

A Igreja sabe que Jesus chamou de “bem-aventurados os construtores de paz”, e é consciente também que os discípulos não são maiores do mestre e podem ser perseguidos e padecer sofrimentos, levando a cruz, que não é um patíbulo inútil ou uma derrota fatal do trabalho e do esforço que eles fazem na própria missão. Eles sabem que sua ação apostólica, com suas aflições, lá está para levar esperança, melhorar as condições de vida, dignificar as pessoas, oferecer-lhes uma vida melhor aqui e, sobretudo, a certeza de viver para sempre, como resposta verdadeira a última aspiração de todo homem e mulher.

A Igreja hoje atravessa um momento de profunda tristeza e amargura, um Getsêmani, um suor de sangue com dor e sofrimento. A Igreja figura nas páginas dos jornais e de outros meios de comunicação, fustigada, exposta ao público ludíbrio, pelas fraquezas de alguns de seus membros qualificados, os quais foram responsáveis de pecados e crimes gravíssimos, passiveis de juízo diante de Deus e dos tribunais. Estamos cientes que é tempo de purificação e de penitência. Acompanhamos com lucidez e clareza quanto acontece e os pastores e os Superiores maiores estão convidados a tomar de imediato as medidas adequadas, instruídas pela Santa Sé, para aplicar as penas correspondentes aos responsáveis dos crimes cometidos no território ou nas áreas de própria competência, todos solidários para fazer frente a qualquer tipo de especulação e instrumentalização e, sobretudo, unidos ao Santo Padre, atingindo em primeira pessoa, por uma campanha orquestrada e perversa, volta a desacreditar a Igreja e aos seus membros mais elevados em hierarquia. Roguemos a Deus!

Todavia, estejamos bem certos e firmes que esta onda tempestuosa vai passar, e a santidade da Igreja fica intacta porque é santa por Jesus Cristo, sua Cabeça; santos são os inúmeros homens e mulheres que são venerados nos altares e a imensa multidão de cristãos que vivem a própria vida na fé e na boa conduta moral, na fidelidade e na honestidade em família, no trabalho e nas múltiplas atividades humanas.

Jesus disse a seus discípulos: “Vós ouvistes o que vos disse: Vou e retorno a vós. Se me amais, alegrar-vos-eis por eu ir para o pai”. E mais adiante: “Eu permanecerei convosco até o fim dos séculos”.

Nesta grande luta que enfrentamos cada dia e em nosso meio, temos a certeza que Jesus está conosco.

O Congresso Eucarístico Nacional, que dentro de poucos dias se celebrará em Brasília, tem como lema “Fica conosco Senhor”. Ele nos atesta que não estamos sozinhos na batalha pela fé e pelo amor de Deus e ao próximo, no nosso trabalho pastoral, na nossa luta quotidiana de viver mais a mais segundo a lei do amor de Deus. Não estamos sozinhos ao enfrentar os desafios dos tempos contemporâneos que urgem empenho, sabedoria, entusiasmo, energias e iluminação do Espírito. O desejo pujante dos discípulos de Emaús que disseram: “Fica conosco Senhor”, é nosso desejo, nossa vontade, nosso ardor missionário de discípulos de Cristo. A Eucaristia é nosso alimento espiritual e nossa força para enfrentar todo mal. Todo perigo, todas as adversidades.

Não fiquemos tristes diante dos sofrimentos, das angustias, dos ataques e das acusações e do desrespeito. Jesus está ao nosso lado. É fiel e patrocina a nossa causa diante de Deus Pai compassivo e misericordioso.

Uma palavra agora aos novos Bispos, que rodeiam o altar e participam pela primeira vez da Assembleia Geral Ordinária da CNBB. Sintam-se bem acolhidos e recebidos com um abraço fraternal, no início do vosso pastoreio nas diferentes Dioceses do Brasil.

Jesus Bom Pastor seja vossa referência, vosso modelo, vosso guia no exercício do ministério episcopal. Sei que estais ainda experimentando o temor e o tremor da primeira notícia e sabeis que a graça de Deus é grande e sereis recompensados pela vossa generosa disponibilidade para servir a Igreja.

Vosso primeiro contato com a grei que vos foi confiada foi uma grata e magnífica experiência de grande afeto, de devoção e de incondicionada colaboração do clero e dos fieis, e já estais trabalhando e entrando em cheio nas atividades pastorais com energia e força, assistidos pelo Espírito Santo.

Faço votos que se sintam mais e mais animados e encorajados a servir com zelo a Igreja e unidos em comunhão com o Santo Padre e com os irmãos Bispos na missão comum de pregar o Evangelho e ministrar a graça de Deus, que é vida e esperança para todos.

Que Nossa Senhora Aparecida proteja a todos. Amém.

CARTA DO PRESIDENTE LULA A CNBB

Brasília, 30 de abril de 2010

A S. Excia. Revma.

Dom Geraldo Lyrio

DD. Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Meu Prezado Dom Geraldo,

Neste momento em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realiza em Brasília sua Assembleia Geral, tomo a liberdade de lhe enviar minha fraterna saudação, com o pedido de que esta mensagem seja comunicada aos Eminentes Senhores Cardeais, aos Senhores Arcebispos, Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, bem como a todos que compõem e participam desta grande Assembleia.

Antes de mais nada, quero cumprimentar a direção da CNBB pela iniciativa de realizar em Brasília, que comemora seus cinqüenta anos, tanto sua Assembleia Geral como o XVI Congresso Eucarístico Nacional. Esses dois eventos, além de honrarem e dignificarem a comemoração dos cinqüenta anos da Capital do País, certamente, por sua densidade espiritual, nos ajudarão na superação da grave crise política e ética que se abate tristemente sobre esta Cidade.

Como o Senhor deve se lembrar, tive a honra de visitar, em meu primeiro ano de Governo, a Assembleia Geral da CNBB que se realizava em Itaici; agora, esta Assembleia que se inicia coincide com meu último ano de Governo. Neste momento, Dom Geraldo, minha primeira palavra é de agradecimento pelo diálogo e pela convivência franca e fraterna que tivemos ao longo desses quase 8 anos. O apoio da Igreja Católica em suas instâncias nacional, regionais e locais foi fundamental para que pudéssemos realizar e implementar as políticas sociais nestes dois mandatos. Tenho consciência de quanto são importantes os convênios com as entidades religiosas para que as políticas sociais aconteçam de fato em todo o País e em toda sua capilaridade junto ao povo mais pobre e excluído. Ao mesmo tempo, as críticas e os embates, em temas específicos, que vivenciamos com maturidade nos ajudaram a corrigir erros e limitações. As divergências e posições diferenciadas que tomamos não afastaram em nenhum momento nossa vontade de diálogo e mútua contribuição.

Nosso Governo, Dom Geraldo, procurou nestes anos pautar-se pelo necessário equilíbrio entre sua definição como Governo de um Estado laico, e, ao mesmo tempo, desenvolver uma política de intenso diálogo com as diferentes Igrejas e Religiões. Tenho consciência dos desafios que esta posição implica, por se tratar muitas vezes de um debate entre diferentes culturas, sensibilidades e concepções éticas. No entanto, não abrimos mão deste relacionamento franco e foi nesta perspectiva que debatemos e levamos a bom termo nosso Acordo firmado e ratificado com a Santa Sé. Entendemos que este Acordo se constitui num avanço da institucionalização de nossas relações, dando maior segurança para a atuação da Igreja Católica em nosso País.

Mas sem dúvida, a questão que mais nos aproxima e identifica é o cuidado para com este grande contingente de brasileiros que ao longo da história foi mantido à margem da cidadania em seus mínimos direitos. Para mim, dom Geraldo, esta é a questão central da grande discussão, tão atual, em torno dos Direitos Humanos. Tenho consciência, Dom Geraldo que o Estado e o Governo estão em dívida com amplos setores da sociedade brasileira. E neste aspecto, sei muito bem que muito ainda resta a fazer, e um longo caminho a percorrer até que este País se constitua de fato numa verdadeira Nação e seus filhos tenham sua dignidade respeitada, e assegurado seu direito à participação verdadeiramente democrática em todos os sentidos.

Por outro lado, Dom Geraldo, confesso para o Senhor que o que mais me orgulha quando revejo estes longos anos de trabalho, é a constatação de que efetiva e concretamente conseguimos reduzir a fome, a miséria e a exclusão de nosso Povo ... e aí os números não mentem. Minha maior alegria nestes tempos consiste em observar os dados que efetivamente demonstram a redução das taxas da exclusão. Porque sabemos todos que atrás de cada número se escondem milhares de seres humanos que começam a realimentar sua esperança de vida digna. Da mesma forma bem sei que esses resultados foram fruto de escolhas claras e definidas que desagradaram a alguns, mas que acenderam uma nova luz no coração de nossa gente. Não me iludo nem me envaideço com os índices de popularidade. Mas eles servem para demonstrar simplesmente que nosso povo está se sentindo cada vez mais participante deste banquete antes restrito a minorias. E quero lhe reafirmar que a Igreja Católica, assim como outras entidades religiosas, tem uma importante participação neste processo. Seja por sua participação direta nas ações sociais, seja por seu posicionamento cobrando e exigindo políticas de atenção aos excluídos, assim como pela formação de muitas lideranças sociais que hoje são responsáveis por importantes processos de mobilização da sociedade brasileira.

Neste momento, Dom Geraldo, quero agradecer muito a Deus por tudo o que aconteceu nestes anos. Tenho para comigo mesmo que as bênçãos de Deus e de Nossa Senhora Aparecida, cujo Santuário pretendo visitar em ato de gratidão antes do fim deste mandato, foram essenciais para que chegássemos até aqui. E peço suas orações e de todos os Senhores Bispos para que sigamos nesta missão até o último dia deste mandato e que o Povo brasileiro tenha a luz e a sabedoria para fazer sua escolha quanto à nossa sucessão.

Desejo muitas luzes para esta Assembleia que se inicia e cujos resultados sem dúvida tem enorme importância para nosso povo.

Um forte e fraterno abraço.

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República Federativa do Brasil

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