SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

DIA DOS PAIS




SEGUNDO DOMINGO DE AGOSTO: DIAS DOS PAIS!


Pai de Verdade!



Pai de verdade mesmo sabe que ser pai não é simplesmenterecolher o fruto de um momento de prazer, mas sim percebero quanto pode ainda estar verde e ajudá-lo a amadurecer.
Pai de verdade mesmo não só ergue o filho do chão quando ele cai,mas também o faz perceber que a cada queda é possível levantar.
Ele não é simplesmente quem atende a caprichos: ele sabe perceberquando existe verdadeira necessidade nos pedidos.
Pai de verdade mesmo não é aquele que providencia as melhoresescolas, mas o que ensina o quanto é necessário o conhecimento.
Ele não orienta com base nas próprias experiências, mas demonstraque em cada experiência existe uma lição a ser aprendida.
Pai de verdade mesmo não coloca modelos de conduta, mas apontaaqueles cujas condutas não devem ser seguidas.
Ele não sonha com determinada profissão para o filho, mas desejagrande e verdadeiro sucesso com sua real vocação.
Ele não quer que o filho tenha tudo que ele não teve, mas que tenhatudo aquilo que merecer e realmente desejar.
Pai de verdade mesmo não está ali só para colocar a mão no bolsopara pagar as despesas: ele coloca a mão na consciência e percebeaté que ponto está alimentando um espírito de dependência.
Ele não é um condutor de destinos, mas sim o farol que aponta paraum caminho de honestidade e de Bem.
Pai de verdade mesmo não diz " Faça isto " ou " faça aquilo " , mas sim" tente fazer o melhor de acordo com o que você já sabe " .
Ele não acusa de erros e nem sempre aplaude os acertos, mas perguntase houve percepção dos caminhos que levaram o filho a esses fins.
Pai de verdade mesmo é o Amigo sempre presente,atento e amoroso - com a alma de joelhos -pedindo a Deus que o oriente na hora de dar conselhos ...


Texto de Silvia Schmidt

LITURGIA DIÁRIA DO 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM



9 de agosto de 2009 — Domingo
19º Domingo do Tempo Comum
(Cor Verde)


Quem comer deste pão
viverá eternamente

Dia dos Pais
Início da Semana Nacional
da Família




O cristão é chamado a dar testemunho de sua fé nas contrariedades da vida. De fato, a vivência dos valores do Reino dá o real significado da Eucaristia. Alimentar-se de Cristo exige atitude de fé. Deus vem a nós e nos toca com sua vida, sustentando todas as nossas motivações. O “pão da vida” nos desinstala de nosso comodismo e nos faz superar o medo de perder nosso próprio poder e de construir a comunhão na diferença. Desta forma, o mandato eucarístico da entrega total de si para os outros implica nossa capacidade e criatividade de construirmos relações novas, verdadeiramente fraternas.

LITURGIA DA PALAVRA


Deus nos fala

Assim como o alimento é fonte de energia para o corpo, a fé nos sustenta em nossas motivações. Elias, após embate com os profetas de Baal, perseguido pelo rei, sente-se fraco e praticamente perde a esperança. Um pão lhe é oferecido, prenúncio da eucaristia, na qual Cristo oferece a si mesmo como alimento. Alimentar-se do corpo de Jesus é ter em si a vida dele e assumir sua mesma missão.

Primeira Leitura (1Rs 19,4-8)

Primeiro Livro dos Reis:
Naqueles dias, 4Elias entrou deserto adentro e caminhou o dia todo. Sentou-se finalmente debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”.
5E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!”
6Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado debaixo da cinza e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.
7Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”.
8Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

Responsório (Sl 33)

— Provai e vede quão suave é o Senhor!
— Provai e vede quão suave é o Senhor!
— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,/ seu louvor estará sempre em minha boca./ Minha alma se gloria no Senhor,/ que ouçam os humildes e se alegrem!
— Comigo engrandecei ao Senhor Deus,/ exaltemos todos juntos o seu nome!/ Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,/ e de todos os temores me livrou.
— Contemplai a sua face e alegrai-vos,/ e vosso rosto não se cubra de vergonha!/ Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,/ e o Senhor o libertou de toda angústia.
— O anjo do Senhor vem acampar/ ao redor dos que o temem, e os salva./ Provai e vede quão suave é o Senhor!/ Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!



Segunda Leitura (Ef 4,30—5,2)

Carta de São Paulo apóstolo aos Efésios:
Irmãos: 30Não contristeis o Espírito Santo com o qual Deus vos marcou como com um selo para o dia da libertação.
31Toda a amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda espécie de maldade.
32Sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo.
5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

Aclamação

— Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (bis)
— Eu sou o pão da vida,/ descido do céu,/ quem deste pão come, sempre, há de viver./ Eu sou o pão vivo, descido do céu,/ amém, aleluia, aleluia!



Anúncio do Evangelho (Jo 6,41-51)

—O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
—PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

—Naquele tempo, 41os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”.
42Eles comentavam: “Não é este Jesus o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como pode então dizer que desceu do céu?”
43Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai, e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna.
48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!


Profissão de Fé

Creio em Deus Pai todo-poderoso,/ criador do céu e da terra./ E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,/ que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;/ nasceu da Virgem Maria;/ padeceu sob Pôncio Pilatos,/ foi crucificado, morto e sepultado./ Desceu à mansão dos mortos,/ ressuscitou ao terceiro dia,/ subiu aos céus;/ está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,/ donde há de vir a julgar os vivos e os mortos./ Creio no Espírito Santo;/ na Santa Igreja Católica;/ na comunhão dos santos;/ na remissão dos pecados;/ na ressurreição da carne;/ na vida eterna. Amém.


Preces dos Fiéis

—A Eucaristia, como oferta gratuita de Cristo à humanidade, compromete-nos com a justiça e a partilha, que geram a comunhão. Supliquemos ao Senhor que venha ao encontro de nossa fraqueza e nos sustente com sua presença.
1. Cristo, pão do céu, alimento de vida eterna, conduzi vossa Igreja em sua busca de santidade e fraternidade.
— Cristo, pão da vida; alimentai nossa esperança!
2. Senhor, Deus providente e misericordioso, assim como alimentastes Elias no deserto, alimentai-nos em nossa caminhada de fé, para que nunca nos desanimemos diante das dificuldades.
3. Deus da vida, fonte de esperança; inspirai-nos palavras e ações para que assumamos nossa vocação de defensores da vida.
4. Senhor, Espírito de vida e de amor, tornai-nos livres para conduzirmos nossa história segundo os desígnios do Criador.
5. Senhor, Deus de justiça, ajudai-nos a construir a civilização do amor e a superarmos toda forma de escravidão e exploração.
6. Senhor, fonte de vida, iluminai nossos pais para que, por seus exemplos, possam ensinar a seus filhos o caminho da justiça.

—Pai misericordioso, em vosso Filho, quisestes nos alimentar com vossa vida. Dai que assumindo nossa liberdade de filhos(as) de Deus, possamos, ao anunciar vosso reino, inaugurar uma nova humanidade, fundamentada na partilha e no amor. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
— Amém.

MISSA COM OS PAIS E CATEQUIZANDOS


CARNAUBAIS, SÁBADO 08 DE AGOSTO, MISSA DAS CRIANÇAS NA IGREJA MATRIZ 08h.

LITURGIA DIÁRIA - 7 de agosto de 2009 — Sexta-feira




18ª Semana Comum

Formulário do 18° Domingo Comum
(Cor Verde)


O mundo pode apresentar-nos seguranças e realizações. Jesus, por sua vez, convida-nos a segui-lo, mas pede-nos para carregar a cruz. O que podemos escolher? Temos de fazer nossa escolha, mas conscientes de que, mesmo necessitando de coisas materiais para viver com dignidade, sabemos que elas passam e não nos sustentam para sempre. É perdendo a vida que iremos salvá-la. Perder a vida é servir. É amando o Cristo, vivendo sua Palavra, seu ensinamento, que encontraremos a vida.


Deus nos fala

É preciso reconhecer Deus em nossa vida e em nossa realidade, para que possamos viver sua verdade presente no meio de nós. Jesus não nos ilude: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”. Sua cruz é vida doada e partilhada para nossa redenção.


Primeira Leitura (Dt 4,32-40)

Leitura do Livro do Deute­ronômio.
Moisés falou ao povo dizendo: 32Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra e investiga, de um extremo a outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante.
33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? 34Ou terá vindo algum Deus escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?
35A ti foi dado ver tudo isso, para que reconheças que o Senhor é na verdade Deus e que não há outro Deus fora ele. 36Do céu ele te fez ouvir sua voz para te instruir, e sobre a terra te fez ver o seu grande fogo; e do meio do fogo ouviste suas palavras, 37porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes.
Ele te fez sair do Egito por seu grande poder, 38para expulsar, de diante de ti, nações maiores e mais fortes do que tu, e para te introduzir na terra deles e dá-la a ti como herança, como tu estás vendo hoje.
39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40Guarda suas leis e seus man­damentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Responsório (Sl 76)

— Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!
— Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!
— Recordando os grandes feitos do passado, vossos prodígios eu relembro, ó Senhor; eu medito sobre as vossas maravilhas e sobre as obras grandiosas que fizestes.
— São santos, ó Senhor, vossos caminhos! Haverá Deus que se compare ao nosso Deus? Sois o Deus que operastes maravilhas, vosso poder manifestastes entre os povos.
— Com vosso braço redimistes vosso povo, os filhos de Jacó e de José. Como um rebanho conduzistes vosso povo e o guiastes por Moisés e Aarão.


Aclamação (Mt 5,10)

— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Felizes os que são perseguidos, por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles!

Evangelho (Mt 16,24-28)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai en­­co­n­­trá-la.
26De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

TÁ CHEGANDO A HORA!


liturgia diária



6 de agosto de 2009 — Quinta-feira
Transfiguração do Senhor
(Gl., Pf. Próprio, Cor Branca)



Aquele dia, no monte Tabor, Cristo antecipa sua glória, sua ressurreição. Ali Jesus manifestou seu mistério aos apóstolos Pedro, Tiago e João. Eles já tinham ouvido o Cristo falar, mas talvez não estivessem muito seguros de tudo o que tinham ouvido. Para que permanecessem firmes nas realidades presentes e acreditassem nas futuras, puderam presenciar a “imagem” futura do céu. Cumpre a todos nós apressarmos nossos passos em direção à eternidade, celebrando com grande alegria a Transfiguração do Senhor.

Deus nos fala

Na vida e nas atitudes de Jesus, o Pai instala o tribunal, abre os livros, julga a humanidade, mostra-nos o que é bom e o que é condenável. Jesus é a luz que reacendeu nossos olhos e nosso coração. Ele é a “lâmpada que brilha em lugar escuro”.A transfiguração é uma prefiguração do Cristo ressuscitado. “Seu rosto brilhou como o sol.” Escutando e vivendo o que Jesus nos diz, nós nos transfiguramos e vamos transfigurando o mundo.


Primeira Leitura (Dn 7,9-10.13-14)

Leitura da Profecia de Daniel.
9Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos.
13Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho do homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura (2Pd 1,16-19)

Leitura da Segunda Carta de São Pedro.
Caríssimos, 16não foi seguindo fábulas habilmente inventadas que vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim, por termos sido testemunhas oculares da sua majestade. 17Efetivamente, ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando do seio da esplêndida glória se fez ouvir aquela voz que dizia: “Este é o meu Filho bem-amado, no qual ponho o meu bem-querer”. 18Esta voz, nós a ouvimos, vinda do céu, quando estávamos com ele no monte Santo. 19E assim se nos tornou ainda mais firme a palavra da profecia, que fazeis bem em ter diante dos olhos, como lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o dia e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Responsório (Sl 96)

— Deus é Rei, é o Altíssimo, muito acima do universo.
— Deus é Rei, é o Altíssimo, muito acima do universo.
— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
— As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
— Porque vós sois o altíssimo, Senhor, muito acima do universo que criastes, e de muito superais todos os deuses.

Aclamação (Mt 17,5c)

— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Eis meu Filho muito amado; nele está meu bem-querer, es­cutai-o, todos vós!


Evangelho (Mc 9,2-10)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.
3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhes Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.
5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo.
7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”
8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles.
9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos.
10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si, o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

5 de agosto de 2009 — Quarta-feira


5 de agosto de 2009 — Quarta-feira
18ª Semana Comum
Dedicação da Basílica Sta. Maria Maior
(MFac., Cor Branca)

Depois do Concílio de Éfeso – ano 431 – o papa Sisto III ergueu em Roma uma basílica dedicada à Santa Mãe de Deus, chamada mais tarde de Santa Maria Maior. Eis algumas palavras de São Cirilo, nesse Concílio: “Eis que tudo exulta de alegria! Reverenciemos e adoremos a divina Unidade, com santo temor veneremos a indivisível Trindade, ao celebrar com louvores a sempre Virgem Maria! Ela é o templo santo de Deus, que é seu Filho e esposo imaculado. A ele a glória pelos séculos. Amém”. Louvemos, pois, com fervor a Santa Mãe de Deus.


Deus nos fala

Com humildade e fé a mulher insiste com Jesus porque confia nele e sabe que seu coração divino está voltado para os pobres sofredores. Na humildade e na confiança alcançamos de Deus o que necessitamos para nosso bem, pois Ele não nega a seus filhos seu amor e sua compaixão. Contudo, a graça divina conta com nosso esforço e empenho.


Primeira Leitura
(Nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35)

Leitura do Livro dos Números.
Naqueles dias, 13,1o Senhor falou a Moisés, no deserto de Faran, dizendo: 2“Envia alguns homens para explorar a terra de Canaã, que vou dar aos filhos de Israel. Enviarás um homem de cada tribo, e que todos sejam chefes”. 25Ao fim de quarenta dias, eles voltaram do reconhecimento do país 26e apresentaram-se a Moisés, a Aarão e a toda a Comunidade dos filhos de Israel, em Cades, no deserto de Faran. E, falando a eles e a toda a Comunidade, mostraram os frutos da terra 27e fizeram a sua narração, dizendo: “Entramos no país, ao qual nos enviastes, que de fato é uma terra onde corre leite e mel, como se pode reconhecer por estes frutos. 28Porém, os habitantes são fortíssimos, e as cidades grandes e fortificadas. Vimos lá descendentes de Enac; 29os amalecitas vivem no deserto do Negueb; os hititas, jebuseus e amorreus, nas montanhas; mas os cananeus, na costa marítima e ao longo do Jordão”. 30Entretanto Caleb, para acalmar o povo revoltado, que se levantava contra Moisés, disse: “Subamos e conquistemos a terra, pois somos capazes de fazê-lo”. 31Mas os homens que tinham ido com ele disseram: “Não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós”. 32E, diante dos filhos de Israel, começaram a difamar a terra que haviam explorado, dizendo: “A terra que fomos explorar é uma terra que devora os seus habitantes: o povo que aí vimos é de estatura extraordinária. 33Lá vimos gigantes, filhos de Enac, da raça dos gigantes; comparados com eles parecíamos gafanhotos”. 14,1Então, toda a Comunidade começou a gritar, e passou aquela noite chorando. 26O Senhor falou a Moisés e Aarão, e disse: 27“Até quando vai murmurar contra mim esta Comunidade perversa? Eu ouvi as queixas dos filhos de Israel. 28Dize-lhes, pois: ‘Por minha vida, diz o Senhor, juro que vos farei assim como vos ouvi dizer! 29Neste deserto ficarão estendidos os vossos cadáveres. Todos vós que fostes recenseados, da idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, 30não entrareis na terra na qual jurei, com mão levantada, fazer-vos habitar, exceto Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. 34Carregareis vossa culpa durante quarenta anos, que correspondem aos quarenta dias em que explorastes a terra, isto é, um ano para cada dia; e experimentareis a minha vingança’. 35Eu, o Senhor, assim como disse, assim o farei com toda essa Comunidade perversa, que se insurgiu contra mim: nesta solidão será consumida e morrerá”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Responsório (Sl 105,6-23)

— Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
— Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
— Pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos.
— Mas bem depressa esqueceram suas obras, não confiaram nos projetos do Senhor. No deserto deram largas à cobiça, na solidão eles tentaram o Senhor.
— Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.
— Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse.


Aclamação (Lc 7,16)

— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo, aleluia.


Evangelho (Mt 15,21-28)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA!



São João Maria Vianney.

Sacerdote pároco de Ars, da Terceira Ordem (1786- 1859).

Canonizado por Pio XI, em 31 de maio de 1925.


João Maria Vianney nasceu em 08 de maio de 1786 em Dardilly, perto de Lion, filho de Mateus e Maria Beluze. Sua infância foi marcada pelos acontecimentos trágicos da revolução francesa. Em 1799, recebeu a Primeira Comunhão clandestinamente em uma casa particular e de sua própria mãe,a instrução religiosa.
Por causa de seu ardente desejo de ser sacerdote, enfrentou uma dura luta para ter êxito nos estudos, por que sua intelectualidade estava abaixo da média. Mas, o
amor às vezes consegue mais do que o talento. Era enorme seu amor pelas almas.
A 13 de agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.
No início de 1800, inesperadamente brilhou uma nova luz em toda a França, passado o furacão napoleônico, que havia deixado ruínas materiais e espirituais por toda parte.
Em 1818 João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar.
Ele lá chegou como um bom filho de São Francisco, humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres e logo tentou conquistar aquelas almas. 0 espírito franciscano que havia assimilado na Ordem Terceira da Penitência, o sustentou e o guiou no ministério pastoral.
Em seu confessionário, ondeàs vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertertendo- se em uma espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa.
O Santo Cura D’Ars nunca saiu ao vestíbulo para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longo tempo em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite.
Ainda que detraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a acudir e vendo o Pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. Antes de dois anos Ars converteu-se em caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.
0 sacerdote tardio de inteligência, que no primeiro momento não havia tido licença para exercer o ministério da confissão, converteu-se no confessor dos mais obstinados pecadores, e em Ars encontraram a luz da fé. Os peregrinos acorriam antes de amanhecer à aquela
igreja que trinta anos antes se encontrara vazia:
“Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu”, havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. O caminho do céu ele havia indicado a milhares de almas, e também se mostrou àquele pastorzinho, que pouco dias depois da morte de seu Pároco o alcançou no céu. O Santo morreu em 4 de agosto de 1859, aos 73 anos.


(Fonte: http://www.ffb.org.br)

DEUS NOS FALA




4 de agosto de 2009 — Terça-feira
São João Maria Vianney
(Presb., Mem., Cor Branca)


Homem simples e humilde, São João Maria Vianney nasceu na França, e com muito esforço chegou ao sacerdócio no ano de 1815. Foi o primeiro pároco de Ars. Converteu o povo de sua paróquia que era indiferente, tornando-o um povo exemplar. Muita gente se acercava dele para confessar-se e ouvir seus conselhos. Dizia: “Vosso coração é por demais pequeno, mas a oração dilata-o e torna-o capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce”. Hoje, é também o Dia do Pároco. Rezemos por todos os párocos.

Deus nos fala
Em sua intimidade com Deus Moisés é superior a todos, e é o grande mediador entre Deus e seu povo. De modo superior, Jesus também subiu à montanha para, na intimidade, entrar em diálogo com Deus na oração. Se assim também o fizermos, nossas dificuldades não serão maiores que nossas forças.

Primeira Leitura (Nm 12,1-13)
Leitura do Livro dos Números.
Naqueles dias, 1Maria e Aarão criticaram Moisés por causa de sua mulher etíope. 2E disseram: “Acaso o Senhor falou só através de Moisés? Não falou, também, por meio de nós?” E o Senhor ouviu isto.
3Moisés era um homem muito humilde, mais do que qualquer outro sobre a terra. 4Então o Senhor disse a Moisés, Aarão e Maria: “Ide todos os três à Tenda da Reunião”. E eles foram.
5O Senhor desceu na coluna de nuvem, parou à entrada da Tenda, e chamou Aarão e Maria. Quando se aproximaram, ele lhes disse: 6“Escutai minhas palavras! Se houver entre vós um profeta do Senhor, eu me revelarei a ele em visões e falarei com ele em sonhos.
7O mesmo, porém, não acontece com o meu servo Moisés, que é o mais fiel em toda a minha casa! 8Porque a ele eu falo face a face; é às claras, e não por figuras, que ele vê o Senhor! Como, pois, vos atreveis a rebaixar o meu servo Moisés?” 9E, indignado contra eles, o Senhor retirou-se.
10A nuvem que estava sobre a Tenda afastou-se, e no mesmo instante, Maria se achou coberta de lepra, branca como a neve. Quando Aarão olhou para ela e a viu toda coberta de lepra, 11disse a Moisés: “Rogo-te, meu Senhor! Não nos faça pagar pelo pecado que tivemos a insensatez de cometer. 12Que Maria não fique como morta, como um aborto que é lançado fora do ventre de sua mãe, já com metade da carne consumida pela lepra”. 13Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Ó Deus, eu te suplico, dá-lhe a cura!”

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Responsório (Sl 50)

— Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
— Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
— Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
— Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade e pecador já minha mãe me concebeu.
— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Aclamação (Jo 1,49b)

— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Mestre, tu és o Filho de Deus, és Rei de Israel!

Evangelho (Mt 14,22-36)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”
34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

04 de AGOSTO, DIA DO PADRE




O Cardeal-Prefeito da Congregação para o Clero, Dom Claudio Hummes, publicou uma carta aos sacerdortes, por ocasião deste mês dedicado às vocações e do Dia do Padre, a ser celebrado nesta terça-feira, 4, Festa de São João Maria Vianney, o São Cura d’Ars. No texto, Dom Cláudio Hummes convoca os presbíteros à missão, em meio à uma cultura que ele considera marcada pelo relativismo e subjetivismo individualista, na qual os padres teriam a missão de semear a Palavra de Deus e anunciar a Verdade, que é Jesus Cristo.


Leia a íntegra da carta:


Caros Presbíteros,A atual cultura ocidental dominante, sempre mais difundida em todo o mundo, através da mídia global e da mobilidade humana, também nos países de outras culturas, apresenta novos desafios, não pouco empenhativos, para a evangelização. Trata-se de uma cultura marcada profundamente por um relativismo que recusa toda afirmação de uma verdade absoluta e transcendente e, em consequência, arruina também os fundamentos da moral e se fecha à religião. Dessa forma, perde-se a paixão pela verdade, relegada a uma “paixão inútil”. Jesus Cristo, no entanto, apresenta-se como a Verdade, o Logos universal, a Razão que ilumina e explica tudo o que existe. O relativismo, ademais, vem acompanhado de um subjetivismo individualista, que põe no centro de tudo o próprio ego. Por fim, chega-se ao niilismo, segundo o qual não há nada nem ninguém pelo qual vale a pena investir a própria inteira vida e, portanto, a vida humana carece de um verdadeiro sentido. Todavia, é preciso reconhecer que a atual cultura dominante, pós-moderna, traz consigo um grande e verdadeiro progresso científico e tecnológico, que fascina o ser humano, principalmente os jovens. O uso deste progresso, infelizmente, não tem sempre como escopo principal o bem do homem e de todos os homens. Falta-lhe um humanismo integral, capaz de dar-lhe seu verdadeiro sentido e finalidade. Poderíamos referir-nos ainda a outros aspectos dessa cultura: consumismo, libertinagem, cultura do espetáculo e do corpo. Não se pode, porém, não frisar que tudo isso produz um laicismo, que não quer a religião, faz de tudo para enfraquecê-la ou, ao menos, relegá-la à vida particular das pessoas.Essa cultura produz uma descristianização, por demais visível, na maioria dos países cristãos, especialmente no Ocidente. O número das vocações sacerdotais caiu. Diminuiu também o número dos presbíteros, seja pela falta de vocações seja pelo influxo do ambiente cultural em que vivem. Tais circunstâncias poderiam conduzir-nos à tentação de um pessimismo desencorajante, que condena o mundo atual, e induzir-nos à retirada para a defensiva, nas trincheiras da resistência.Jesus Cristo, ao invés, afirma: “Eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo” (Jo 12,47). Não podemos nem desencorajar-nos nem ter medo da sociedade atual nem simplesmente condená-la. É preciso salvá-la! Cada cultura humana, também a atual, pode ser evangelizada. Em cada cultura há “sementes do Verbo”, como aberturas para o Evangelho. Certamente, também na nossa atual cultura. Sem dúvida, também os assim chamados “pós-cristãos” poderiam ser tocados e reabrir-se, caso fossem levados a um verdadeiro encontro pessoal e comunitário com a pessoa de Jesus Cristo vivo. Em tal encontro, cada pessoa humana de boa vontade pode, por Ele, ser alcançada. Ele ama a todos e bate à porta de todos, porque quer salvar a todos, sem exceção. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, para todos. É o único mediador entre Deus e os homens.Caríssimos Presbíteros, nós, pastores, nos tempos de hoje, somos chamados com urgência à missão, seja “ad gentes”, seja nas regiões dos países cristãos, onde tantos batizados afastaram-se da partecipação em nossas comunidades ou, até mesmo, perderam a fé. Não podemos ter medo nem permanecer quietos em casa. O Senhor disse a seus discípulos: “Por que tendes medo, homens fracos na fé?” (Mt 8, 26). “Não se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire, mas no candieiro, para que ilumine a todos os que estão na casa” (5,15). “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).Não lançaremos a semente da Palavra de Deus apenas da janela de nossa casa paroquial, mas sairemos ao campo aberto da nossa sociedade, a começar pelos pobres, para chegar também a todas as camadas e instituições sociais. Iremos visitar as famílias, todas as pessoas, principalmente os batizados que se afastaram. Nosso povo quer sentir a proximidade da sua Igreja. Faremo-lo, indo à nossa sociedade com alegria e entusiasmo, certos da presença do Senhor conosco na missão e certos de que Ele baterá à porta dos corações aos quais O anunciarmos.
Cardeal Cláudio Hummes
-Arcebispo Emérito de São Paulo
-Prefeito da Congregação para o Clero

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