ESSA É DO PADRE WALTER;
Não sei se vocês ouviram dizer que um dia desses São Pedro quase que ia ser demitido do seu emprego de Porteiro do Céu. É que Deus fazia a sua costumeira ronda pelo céu, quando percebeu que algumas pessoas, que tinham entrado no céu, não estavam ainda suficientemente puras para esta-rem ali.
Elas mesmas se envergonhavam diante dos Santos e Bem-aventurados, gente de imaculada beleza!
– O que está acontecendo? – pensou Deus – Será que o Pedro não está vigiando bem a porta do céu? Por que ele está deixando entrar essa gente? Será que a idade avançada debilitou a sua coragem? Bom, isso não pode continuar!
Pediu, então, a um anjo mensageiro (Gabriel ou algum outro) que fosse chamar Pedro.
O anjo chegou onde Pedro estava: tomando conta da entrada do céu.
Parecia muito feliz e tranqüilo.
– Pedro – disse o anjo – vim substituir você um pouquinho, Deus precisa falar com você.
Pedro foi depressa ao encontro do Senhor.
Chegando à sua presença, fez uma profunda reverência.
O Senhor foi logo dizendo:
– Há muita gente que não deveria estar aqui nesta santa e celestial morada. Por que você os deixou entrar?
Pedro respondeu assustado:
– Não é possível! Como é que isso pôde acontecer? Estou tão surpreso quanto o Senhor! Não tem coisa melhor do que a consciência tranqüila! Tenho certeza que o responsável de tudo isso não sou eu! Fico no meu lugar, dia e noite, vigiando a entrada do céu. Permaneço atento para que só entrem as pessoas que estão purificadas.
– Ainda bem, Pedro. Então, talvez alguém esteja trapaceando. Olhe aí de lado, Pedro! Você conhece, pos exemplo, aquelas pessoas que estão lá, ao lado?
– Não Senhor. Francamente, nunca as vi e com certeza não passaram por mim. Mas eu lhe prometo que vou encontrar o responsável por isso. Se eu não conseguir, o Senhor pode me tirar o cargo de porteiro do céu!
Pedro voltou rapidamente para o seu lugar. Mas estava preocupado.
Conferiu a fechadura, os ferrolhos, as traves, o olho-vivo...
Verificou se não havia alguma entrada clandestina.
Nada. Tudo estava na mais perfeita ordem.
Sorriu tranqüilo e continuou vigiando a grande porta.
Poucos dias depois para a sua surpresa, constatou a presença de novos intrusos.
Por onde entraram? Como? Quando?
Foi logo procurar Deus.
Ambos resolveram então fazer uma vistoria, a começar na proximidade da entrada, para descobrir o que estava acontecendo.
E sabe o que foi que viram?
Uma cena fantástica!
Fora do céu, nas proximidades da porta de entrada, uma multidão chorava.
Eram as pessoas que Pedro não havia deixado entrar.
Profundamente comovida, lá estava Maria consolando-os.
A Mãe de Deus havia encostado uma escada no muro e fazia as pessoas subir por ela e entrar no céu.
Pedro suspirou aliviado.
Tendo provado a sua inocência, disse para Deus:
– Talvez seja bom o Senhor ter uma conversa com ela!
Mas Deus, vendo o carinho, a doçura e a ternura com que Nossa Senhora tratava aqueles infelizes, concluiu:
– Não adianta nada, Pedro. Você a conhece bem. Ela sempre vai conseguir um jeitinho de continuar ajudando! Mãe é mãe mesmo... E além do mais estamos no mês de maio... o mês dela....
Bom! Se esta estória é verdade ou não, eu não sei. Mas, seja como for, acho que não é bom se confiar demais nesta escada... Vai que acontece que, antes da gente, sobe alguém com a consciência tão pesada que quebra os degraus da escada e acaba com o barato da gente... como é que fica, então?!
É melhor tentar aliviar a consciência com o EXAME DE CONSCIÊNCIA e a CONFISSÃO!
Tem uma outra estória que tem a ver com a Confissão, porque CONFISSÃO é também CONVERSÃO.
Era uma menino que dava muito trabalho em casa, porque tinha um temperamento difícil, respondia mal, era preguiçoso, não queria estudar, encrencava com todos... era um desastre. m belo dia a mãe o chamou e falou para ele:
– Zezinho, não é este o exemplo que eu e seu pai lhe damos. Eu estou com vergonha de você! Você precisa se ajeitar! Pense quando você for casar e tiver uns filhos... se forem como você, vai sofrer um bocado!
O menino ficou pensativo por um bom tempo, depois prometeu que iria se ajeitar.
– Vamos fazer um trato – disse a mãe – toda vez que você levanta a voz, briga, teima, faz uma travessura, enfim apronta ou faz coisa errada, você pega um desses pregos (está aqui um saco de pregos) e vai cravá-los detrás da porta. O menino aceitou a proposta, que parecia até uma brincadeira. Mas já no primeiro dia o garoto cravou 27 pregos atrás da porta.
As semanas se seguiram, e à medida que se esforçava para controlar seu gênio, plantava cada vez menos pregos e descobriu que era mais fácil controlar sua natureza que cravar pregos detrás da porta.
Chegou o dia em que pode conseguiu controlar seu caráter durante o dia todo.
Imagine a satisfação dele e dos pais!
– Muito bem filho! – disse a mãe, muito satisfeita – Agora a cada dia sem malfeitos, você arranca um prego!
Um a um o menino conseguiu arrancar todos os pregos! O pai e a mãe mostraram para ele que tinham ficado muitos buracos dos pregos. São as conseqüências do mal que fazemos. Elas ficam para sempre!
São cicatrizes que só DEUS pode consertar.
A Confissão quer remover estas cicatrizes também! Hoje você pode tirar todos os pregos da sua vida!
Que alívio! Depois da Confissão você terá a surpresa de perceber que a porta ficou novinha.
Os pregos da cruz de CRISTO tem cancelado até a lembrança de todos os pregos do mal que você fez e que lhe fizeram!!!
* Mensagem do Pe. Walter Collini por ocasião da Missão 13 de maio de 2011