PASCOM - PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

POR QUE PASCOM?

Para muitos, Pascom (Pastoral da Comunicação) significa a pastoral que cuida do boletim, ou do mural, ou do jornal e site paroquial. Ora, se na paróquia não há nenhum desses meios de comunicação, ou mesmo que existam, não são expressivos, não se vê necessidade de criação de uma Pascom. No entanto, mais que cuidar dos meios de comunicação, ela cuida da interação das pastorais, da formação dos agentes para se comunicarem, do acolhimento e de como lidar com a cultura mediática que domina o mundo atual. Esse fenômeno cultural deve levar a Igreja à "conversão" pastoral e cultural, como bem expressou o Documento de Aparecida, para ser capaz de responder adequadamente à época que vivemos.

O papa Paulo VI, na encíclica Evangelii Nuntiandi, já alertava que deveriam ser utilizados os meios de comunicação: “A Igreja viria a sentir-se culpável diante do seu Senhor, se ela não lançasse mão destes meios potentes que a inteligência humana torna cada dia mais aperfeiçoados. É servindo-se deles que ela ‘proclama sobre os telhados’, a mensagem de que é depositária. Neles encontra uma versão moderna e eficaz do púlpito. Graças a eles consegue falar às multidões” (EN n°45).

O Documento de Aparecida, em seu capítulo 10, expressa que os meios de comunicação social podem ser empregados para o primeiro anúncio, a catequese ou o posterior aprofundamento da fé, e aponta, dentre outros, tópicos de ação missionária nessa área de formação que cabe a Pascom exercer: “promover a formação profissional na cultura da comunicação de todos os agentes e cristãos; educar na formação crítica quanto ao uso dos meios de comunicação a partir da primeira idade”.

No mesmo capítulo, encontramos que “são muitos os que se dizem descontentes, não tanto com o conteúdo da doutrina da Igreja, mas com a forma como ela é apresentada. Para isso, na elaboração de nossos planos pastorais queremos favorecer a formação de um laicato capaz de atuar como verdadeiro sujeito eclesial e competente interlocutor entre a Igreja e a sociedade e entre a sociedade e a Igreja”.

João Paulo 2°, na sua carta apostólica ‘O Rápido Desenvolvimento’, conclama: “Não tenhais medo das novas tecnologias! Elas incluem-se ‘entre as coisas maravilhosas’ ‘inter mirifica’ que Deus pôs à nossa disposição para as descobrirmos, usarmos, fazer conhecer a verdade, também a verdade acerca do nosso destino de filhos seus, e herdeiros do seu Reino eterno”.

Diácono Francisco de Assis Gonçalves