SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

O QUE É A PASCOM

O que é PASCOM?


"A Pascom é a pastoral do ser/estar em comunhão/comunidade. É a pastoral da acolhida e da participação, das inter-relações humanas, da organização solidária, do planejamento democrático, do uso dos recursos e intrumentos que facilitem o intercâmbio de informações e manifestações das pessoas no interior da comunidade e da sociedade".
(Coleção Estudos da CNBB, 75 nº244)

Com os dois remos, necessários para tocar o barco que sobe a correnteza, a Pastoral da Comunicação deve desenvolver duas dimensões complementares; só assim, se manterá e chegará ao lugar certo.
A primeira dimensão é a busca de "integração" em favor da Pastoral de Conjunto na Igreja; a segunda, é a construção de uma relação "missionária" da Igreja com o mundo.
A Igreja é servidora; por isso, a Pastoral da Comunicação coloca-se como parceira de todos os que, pela comunicação, querem fazer uma sociedade mais solidária, justa e fraterna.
A comunicação não é apenas um meio para a solidariedade; é a primeira e mais básica manifestação de solidariedade.
A Pastoral da Comunicação, portanto, procura ajudar na integração da comunidade e, ao mesmo tempo, participar da ação da comunidade na sociedade, sempre sem perder de vista a construção do Reino a que somos chamados por Cristo.
ATENÇÃO PAROQUIANOS E INTERESSADOS: Tudo certo para a implantação da PASCOM na paroquia de Santa Luzia.
Será neste dia 02 de maio de 2010 com a presença da coordenação diocesana;
É certa a eleição da coordenação Paroquial naquele domingo.
VENHA PARTICIPE!

Muito mais que pedofilia

As notícias sobre pedofilia envolvendo membros do clero difundiram-se de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente. Não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca... A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: "Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!" E de São Paulo ouvimos: "Não foi isso que aprendestes de Cristo."

As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado. Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja.

O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores ? dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: "Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!" Inútil divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos. Talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.

Há quem logo tenha a solução, sempre pronta, à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem que ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: a maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo.

Ouso recordar algo que pode escandalizar alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões "castradoras", mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale-tudo e o "libera geral", aceitando e até recomendando como "normais" comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?

As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Essa orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja Católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair.

A Igreja é como um grande corpo: quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria. Também do clero. Por isso ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à boa notícia: para confortar os doentes; visitar os presos nas cadeias; dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços. Ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos cotolengos criaturas rejeitadas pelos "controles de qualidade" estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho.

Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados. E continuará a clamar por justiça social e a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo. Ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão, e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um.

Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros. Todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro, mas consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso, e ela quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Essa é sua fraqueza e sua grandeza!


Dom Odilo P. Scherer - Cardeal-Arcebispo de São Paulo - O Estado de S.Paulo

CRESCE O NÚMERO DE CATÓLICOS NO MUNDO



O Anuário Estatístico da Igreja, que foi apresentado pelo Vaticano à imprensa nesta terça-feira, 27, revelou que, enquanto o número de sacerdotes aumentou (2000-2008) em menos de 1%, o número de diáconos permanentes cresceu mais de 33% em todo o mundo. Os diáconos permanentes são o grupo mais forte em evolução ao longo do tempo: de cerca de 28 mil em 2000, aumentou para 37 mil em 2008, com variação significativa de 33,7%. Na América do Norte o aumento é sustentado: em 2000 havia mais de 18 mil diáconos permanentes, enquanto em 2008 este número aumentou para 24 mil.
Os dados são do “Vaticano Publishing House”, que publicou uma nova edição do Anuário da Igreja, que recolhe estatísticas sobre os principais aspectos relativos ao trabalho da Igreja Católica em vários países ao longo do período 2000-2008.
Os números revelam também que, ao longo destes nove anos, a presença de católicos no mundo passou de 1 bilhão e 45 milhões no ano 2000, para 1 bilhão e 166 milhões em 2008, com uma variação relativa de 11,54%. No entanto, a leitura de dados na África, mostra que há um aumento de 33%, enquanto na Europa, a situação permanece substancialmente estável (+ 1,17%), na Ásia o aumento é de 15,61%, na Oceania (+11,39%) e América (+ 10,93). No entanto, os católicos europeus passaram de 26,81% no ano 2000, para 24,31% em 2008. Na América e na Oceania são estáveis, com um pequeno aumento na Ásia.
Quanto ao número de bispos no mundo passou de 4.541 em 2000-2002, para 5.002, em 2008; um aumento de 10,15%. O padre, tanto diocesano e religioso, mostra um ligeiro crescimento ao longo destes nove anos (um aumento de 0,98% a nível mundial), de 405.178 em 2000, para 409.166, em 2008. O aumento de padres na África e Ásia são, respectivamente, de 33,1 e 23,8,%. A América se mantém estável, enquanto a Europa e Oceania caíram 7% e 4%.
Sacerdotes diocesanos aumentaram 3,10%, de 265.781 em 2000, para 274.007, em 2008. Em contraste, os sacerdotes religiosos estão em declínio constante (-3,04%), tornando-se 135.159 em 2008. Os sacerdotes diminuem claramente só na Europa: em 2000 mais de 51% do total mundial em 2008 diminuiu para 47%. No entanto, a Ásia e África juntas em 2000 representaram 17,5% do total, em 2008, a taxa foi de 21,9%. A América aumentou ligeiramente a sua quota de cerca de 30%.
Os religiosos não-sacerdotes,por sua vez, em 2000 eram 55.057; em 2008 caíram para 54.641. Comparando os dados por continente, na Europa é percebida uma redução acentuada (-16,57%) e Oceania (-22,06%), permanecendo cada vez maior na América e na Ásia (+32,00%) e África ( 10,47%).
As religiosas são quase o dobro dos sacerdotes e 14 vezes mais o número de religiosos no mundo, mas estão atualmente em declínio. Elas passaram de 800 mil em 2000, para 740 mil em 2008. Em termos de distribuição geográfica, 41% residem na Europa, 27, 47% na América; 21,77% na Ásia, e 1,28% na Oceania. Globalmente, as irmãs têm aumentado na África (21%) e Ásia (16%).
O Anuário Estatístico da Igreja também mostra a evolução do número de estudantes de filosofia e teologia nos seminários diocesanos e religiosos. Em todo o mundo, eles aumentaram, passando de 110.583 em 2000, para mais de 117.024 em 2008. Enquanto na África e Ásia aumentam candidatos ao sacerdócio, na América e na Europa permanecem baixos.

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