SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

LI E INDICO

Tempo de Esperas

Dois personagens trocam cartas, um velho professor que resolveu se esconder do mundo e um estudante de filosofia que tem o sonho de alcançar as glórias da vida acadêmica que o professor abandonou. Ao trocar correspondências sinceras os dois debatem sobre um dos maiores desafios humanos: compreender o tempo de esperas. Desta forma, descobrem o amor fraternal, a amizade e a humildade. A felicidade pode estar na simplicidade da vida, e o autor nos mostra como é preciso compreendê-la.

QUAL É O MELHOR REMÉDIO PARA CURAR SUAS DORES?

Qual o melhor remédio para curar suas dores?

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Não sei se, quando criança, sua mãe lhe deu algum remédio daqueles que “é bom para tudo”, porque ela ouviu uma bonita propaganda e quis fazer a experiência em você. Muitas pessoas até hoje, quando prestam atenção nessas publicidades, até querem ou fazem a experiência crendo que é verdade.
Eu conheço um santo remédio, que é bom para todas as situações sejam elas alegres, tristes ou aconteçam nos encontros e desencontros, na saúde e na doença, na felicidade ou nos momentos de fracasso, na dúvida, na dificuldade, nos conflitos, nas situações impossíveis e em tantas outras circunstâncias da vida a qual estamos expostos: a oração. Como nos disse São João Maria Vianey, “o homem que reza tem poder sobre o coração de Deus, pode fazê-Lo mudar seus planos!”
Vamos hoje fazer a experiência de rezar em todos os momentos conforme o desejo do coração de Jesus a nosso respeito?
“Alguém entre vós está triste? Reza. Está alegre? Cante. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabeleçará” (Tg 5,13-15).
Jesus, ensina-nos a rezar!

COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA O SERVIÇO DA CARIDADE DISCUTE LINHA DE TRABALHO PARA O QUADRIÊNIO

Comissão discute linha de trabalho e projetos para o quadriênio
comissao_caridade_reuniaoA Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, se reuniu nesta terça-feira, 4, na sede da Conferência, em Brasília. O encontro teve por objetivo esclarecer aos novos membros o significado do grupo e de seus trabalhos para a Igreja e para a sociedade brasileira. “Quisemos com esta reunião, a segunda após a 49ª Assembleia Geral da CNBB, esclarecer que a Comissão é o espírito da promoção da caridade, da justiça e da paz através das pastorais sociais”, explicou o presidente da Comissão, dom Guilherme Werlang.
A reunião aconteceu para situar os novos membros dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão. “As questões sociais são urgentes em nosso país e é nossa intenção não trabalhar isoladamente. Ao todo são mais de 20 pastorais sociais e algumas delas, como a Pastoral da Mobilidade Humana, tem mais oito pastorais só nesse aspecto de mobilidade, que somam com mais umas 30 pastorais sociais que são presença junto aos pobres, aos excluídos e àqueles que não têm voz e vez”, frisou o bispo.
Ainda de acordo com dom Guilherme, foi pauta da reunião, destacar os horizontes das pastorais sociais aos membros da Comissão. “Nós enquanto pastores, devemos estar junto desse rebanho mais fraco, como diz o Evangelho do Bom Pastor; trabalhar juntos e em comunhão ouvindo dos bispos as angústias e os clamores que nós devemos celebrar e acalentar no povo brasileiro”, completou dom Guilherme.
O bispo comentou algumas das metas que deverão ser trabalhadas nos próximos anos com as pastorais sociais de todo o Brasil. “Temos como meta ampliar nos Regionais a presença dos bispos junto às pastorais sociais, para que ao longo do quadriênio possamos uma ou duas vezes encontrar esses bispos em prol da comunhão”.
De acordo com o membro da Comissão e bispo de Balsas (MA), dom Enemésio Angelo Lazzaris, foram temas da reunião também a 5ª Semana Social Brasileira, o tráfico de pessoas e o trabalho escravo, estas duas últimas pautas que devem ser propostas para as próximas abordagens da Campanha da Fraternidade de 2014 ou 2015. “No dia 11 tivemos o Seminário em Brasília sobre a 5ª Semana Social Brasileira que já está em andamento (2011/2012/2013) e também o tráfico de pessoas e o trabalho escravo com a proposta para que nas próximas campanhas da fraternidade esse tema seja tratado”, sublinhou.
Participaram da reunião além dos bispos Guilherme Werlang e Enemésio Lazzaris, o bispo auxiliar de Fortaleza (CE), dom José Luiz Ferreira Sales; o bispo de Roraima (RR), dom Roque Paloschi; e o bispo de Três Lagoas (MS), dom José Moreira. Também marcaram presença o assessor da Comissão, padre Ari Antônio dos Reis; o secretário executivo do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome da CNBB e articulador nacional da 5ª Semana, padre Nelito Dornelas e a secretária da Comissão, irmã Magnólia Santos.

Romaria da Juventude celebra 15 anos em sintonia com Jornada Mundial da Juventude 2013

 

Romaria da Juventude celebra 15 anos em sintonia com Jornada Mundial da Juventude 2013


 

O setor de Juventude da Diocese de Mossoró realiza, desde 1996, a Romaria da Juventude, evento que marca uma forte mobilização da classe juvenil católica em nossa região. Esse ano, a Romaria completa 15 anos e deve reunir cerca 4 mil jovens no Santuário do Lima, em Patu. Além de celebrar o aniversário da Romaria, o evento comemora também a participação de mais 40 jovens da Diocese na da Jornada Mundial da Juventude, em Madri, e a escolha do Brasil como sede da JMJ, em 2013. Mas, a Romaria quer também refletir e denunciar a violência e situação de morte vivida por uma parte da juventude potiguar e anunciar sinais de vida, em prol da transformação da realidade juvenil no Rio Grande do Norte e no mundo.
Para tornar todo este momento num grande fator de mobilização social, o Setor de Juventude convoca todos os jovens homens e mulheres a se fazer presente no dia 30 de outubro na 15ª Romaria da Juventude no Santuário do Lima, em Patu. Fica , então, o convite: Mochila nas costas e toda vontade no coração de contribuir para um mundo sem violência e de muito respeito ao próximo. Bote fé, Juventude Potiguar !

PROTOMÁRTIRES DO RN

Protomártires do Brasil E do RN

3 de Outubro


Protomártires do Brasil Dentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o Pe. Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros.

No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.

Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.

A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.

Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heróica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus.

Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.

Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.

Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.

Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".

A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados.


Protomártires do Brasil, rogai por nós!

CAMPANHA MISSIONÁRIA 2011 - "MISSÃO NA ECOLOGIA"

mesacentro_cm“A Campanha Missionária deste ano nos conscientiza de que é preciso cuidar do planeta que Deus deixou a todos nós. A ligação ‘Missão na Ecologia’ vem justamente reafirmar a importância de cuidar da mãe terra para a sobrevivência da humanidade”.
dom_sergiodoisA afirmação acima é do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sérgio Braschi, durante a coletiva de imprensa que lançou a Campanha Missionária de 2011, na tarde desta quarta-feira, 21, na sede nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília.
De acordo com dom Sérgio, a Campanha sugere uma mudança de atitude e de comportamento para que possamos viver de maneira saudável no planeta. “Estamos numa sociedade globalizada em que o materialismo às vezes prevalece e com isso a ganância do ser humano para explorar os bens da natureza que faz com que se esgotem os seus mecanismos de sobrevivência para todos nós”, exortou.
altevir_trescoletivacmPara o secretário executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina) e assessor nacional da Comissão para a Animação Missionária da CNBB, padre José Altevir da Silva, o mês de outubro não deve limitar a dimensão missionária. Segundo ele, é o momento para dar visibilidade à dimensão missionária da Igreja que deve preencher de maneira integral a vida dos cristãos batizados. “Outubro não é o mês missionário, todos os dias da vida são missionários. Outubro vem apenas para fortalecer e dar visibilidade às atividades missionárias da Igreja e por isso devemos viver oportunamente nas comunidades a essência missionária desenvolvida pela Campanha Missionária através da temática proposta a cada ano”, disse.
Padre Altevir explicou ainda como se dá a ligação entre missão e ecologia, tema da campanha deste ano. “A primeira razão é que como batizado você é missionário e tem total responsabilidade sobre a obra da criação; por isso, deve lutar em defesa da vida do planeta”. Continuou: “Segundo porque todos os anos a Campanha Missionária se liga diretamente à Campanha da Fraternidade que este ano trouxe o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”, portanto, como cristãos, quando falamos em missão temos que olhar de maneira integral para a vida valorizando a criação de Deus”, justificou.
Materiais
coletivacamilodoiscampanha_missionariaO diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti, também frisou a importância da Campanha Missionária e seus subsídios para a vivência de maneira concreta do mês missionário nas comunidades. “Enviamos gratuitamente vários materiais que contêm experiências, informações, reflexões e dados que nos ajudam na vivência e conscientização da Campanha Missionária”, disse. O diretor comentou que, ao todo, foram enviados este ano à Igreja no Brasil cerca de 50 toneladas de material, o que significa em números 20 mil DVDs, 150 mil novenas missionárias, 150 mil cartazes, 10 milhões de folhetos e 12 milhões de envelopes para o gesto concreto.
Comentou que a resposta positiva do envio desses materiais tem surpreendido a cada ano. “No Brasil essa coleta tem crescido. De 2009 a 2010 houve um acréscimo de quase 35%. No ano passado a Campanha teve uma arrecadação de mais de 7 milhões de reais em doações pela Igreja no Brasil. Na Assembleia Geral das POM de todo o mundo, que acontece anualmente em Roma, este ano realizado no último mês de maio, fomos lembrados como exemplo a ser seguido de animação missionária e crescimento na coleta. Em outros países, por exemplo, da Europa e Estados Unidos essa contribuição tem diminuído. A coleta é importante porque depois é distribuída para países principalmente do continente africano que precisam de mais ajuda para a continuação da evangelização”, concluiu.
A missão na Igreja
Dom Sérgio Braschi lembrou que esse dinheiro ajuda substancialmente na evangelização missionária além-fronteiras. Destacou projetos da Igreja do Brasil em outros países como Haiti e também do projeto das igrejas irmãs desenvolvido em várias dioceses do país. “A Igreja no Brasil mantem uma comunidade de religiosas que trabalham com o povo pela reconstrução do país que já era o mais pobre das Américas e que depois teve sua situação agravada com o terremoto do ano passado”. Da mesma forma, “temos também a ação das igrejas irmãs, trata-se de parcerias entre dioceses, que enviam e acolhem agentes de pastoral para que a fraternidade, a solidariedade e o espírito missionário se concretizem de fato”, completou o bispo.
Além desses projetos citados, que têm parceria das Pontifícias Obras Missionárias, o dinheiro arrecadado é enviado para o Fundo Mundial de Solidariedade em Roma. De lá é enviado para projetos como a sustentação de dioceses, abertura e manutenção de seminários, financiamento de obras sociais, assistência aos missionários em todo o mundo.

FONTE: CNBB

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA

No Evangelho de hoje, Jesus conta a parábola dos trabalhadores maus. Esta história contada por Jesus retrata a incredulidade do povo de Israel – numa primeira fase – e, na segunda, de cada um de nós quando, deixando-nos orientar pelo orgulho e pela ganância, nos apoderamos dos bens que pertencem a Deus e nos rebelamos ante o convite à partilha.
Os enviados por Deus são os profetas que exortaram a Israel. Mas esses não só não foram ouvidos como também foram mortos. Um exemplo disso é o profeta Isaías, que foi serrado vivo. Não olhando pela grande perda do profeta, Deus misericordiosamente envia o Seu próprio Filho, Jesus. Porém, Ele barbaramente também foi crucificado e morto, assim como o foram os profetas que o antecederam.
Continuando com a parábola, Jesus pergunta: “E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?” O povo responde, dizendo: “Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo”.
Jesus então conclui a parábola, dizendo: “Vocês não leram o que as Sagradas Escrituras dizem? A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas. Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!”
Falando da “pedra” Jesus quer que os judeus se recordem do grande acontecimento – quando da construção do Templo de Jerusalém. Assim, segundo se conta que na construção do famoso Templo de Jerusalém, os pedreiros haviam rejeitado uma enorme pedra julgando que não servia para nada por causa do seu tamanho, peso e forma. Então, os pedreiros colocaram uma pedra aqui, outra ali, até chegar à esquina. Ao chegar ao canto, notaram que faltava uma pedra adequada para amarrar a fundação, para dar sustentação à obra. Depois de muito procurar em vão, resolveram experimentar aquela pedra que havia sido rejeitada. E, para a surpresa de todos, essa pedra não só se encaixou perfeitamente naquele lugar, como ainda passou a ser a principal pedra de toda aquela construção, dando sustentação à toda obra.
Essa pedra – mais tarde numa visão profética, – passou a simbolizar a obra redentora de Cristo. Jesus, como aquela pedra, foi rejeitado pelos homens, morto e sepultado. Mas, depois da ressurreição, Ele se tornou o principal instrumento de Deus para salvar a humanidade. Era, pois, a Jesus que o salmista se referia ao dizer: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular”. (Salmo 118,22)
Qual foi a razão última pela qual os dirigentes de Israel não entraram no novo Reino como povo escolhido? Diríamos que a razão imediata era o seu interesse material na religião que a transformava numa fonte de rendas e, portanto, numa visão espúria da espiritualidade religiosa.
Em segundo lugar, o orgulho dos dirigentes de Israel não permitia a alguém interpretar a Lei de modo diferente do deles. Segundo sua interpretação os pobres estavam longe de Deus, considerando a pobreza como uma espécie de rejeição e castigo divinos, como também era interpretada a doença. “Quem pecou, este ou os pais para nascer cego?”, perguntarão os discípulos (Jo 9,2). Do mesmo modo a pobreza era considerada como o pior dos castigos divinos e a riqueza como o melhor dos benefícios.
Nós vemos no Evangelho uma clara alusão a esta cosmovisão, quando, após Jesus declarar que um rico dificilmente entraria no Reino dos Céus, a pergunta dos discípulos demonstrava um desânimo total: “Então quem poderá se salvar?” (Mt 19,25). A doutrina de Jesus devia escandalizar os legistas e peritos da Lei quando, em suas Bem-aventuranças, declara o Reino como a herança dos pobres.
Com respeito à razão última, é Paulo que o explica na sua Epístola aos Romanos: “Tanto judeus como gentios se tornaram pecadores”. Na frase de Paulo todos se encontram sob o império do pecado (Rom 9,13). Mas Deus – gratuitamente pela fé em Cristo – salva ao homem porque, se a Lei veio para que proliferasse a falta, porém, “onde proliferou o pecado superabundou a Graça” (Rom 5,21). E, logicamente, a Graça foi maior ao admitir os pagãos ao Reino.
Podemos perguntar: “E nós? Qual é a razão para que o Reino não seja o valor principal – o tesouro, a pérola – em nossas vidas?” Cada um de nós poderá dar uma resposta particular. Mas existe uma geral e comum nos tempos modernos: o estado de bem-estar – confundido com a felicidade final – que nos transforma em verdadeiros ricos num mundo de quase absoluta pobreza espiritual. E no lugar das Bem-aventuranças dirigidas aos pobres, aos que sofrem, aos que choram, aos que são perseguidos, encontramos as censuras de Jesus que atingem aos ricos, aos fartos, aos que aparentemente são felizes.
Com que pedras temos construído nossa casa? Quero lembrar de que Cristo é a base de tudo: da nossa vida, da nossa família, do nosso trabalho e da nossa felicidade eterna. Quem não tem Cristo como o fundamento de sua vida afundará quando vierem as dificuldades da vida. Quem, porém, tem Cristo como o fundamento de sua vida se manterá firme, mesmo quando a tempestade começar a soprar.
Muitos homens fazem “castelos sobre a areia” quando de Cristo não se lembram e nem buscam auxílio. Estes seus castelos não subsistem, pois só Cristo é o fundamento da vida verdadeira. Cristo é a pedra, a pedra angular. Mas muitos homens não O querem aceitar. Creia neste Cristo, caminho verdadeiro. É Ele quem nos guia à salvação eterna.
Caso contrário – como disse Jesus – o Reino de Deus nos será tirado e dado às pessoas que produzam os frutos do Reino.
Padre Bantu Mendonça

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