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ANO DA FÉ


Divulgada Carta Apostólica do Papa para o Ano da Fé




Foi publicada nesta segunda-feira a Carta Apostólica de Bento XVI referente ao "Ano da Fé", anunciado neste domingo pelo Papa durante a Celebração EucarísitIca na Basílica Vaticana. Dividida em quinze partes, a Carta apresenta as intenções pessoais do Sumo Pontífice, sem a interferência de nenhuma fonte interna ou externa.



Bento XVI começa falando da Porta da Fé, lugar onde acontece a iniciação da comunhão com Deus, e que está aberta a todos. O Papa segue dizendo que ao passar por esta porta, temos um compromisso para toda a vida. Tal compromisso é iniciado com o Batismo, a partir do qual podemos chamar Deus de Pai, e termina com a passagem da morte para a vida eterna, “fruto da ressurreição do Senhor Jesus que, com o dom do Espírito Santo, quis envolver na sua glória todos os que acreditam Nele. No final da primeira parte, o Papa fala sobre a Santíssima Trindade. “Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor”.


A segunda parte é dedicada à radicação da fé, tema que Bento XVI lembrou em sua homilia de início de pontificado. “A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude”. Mensagem que gerou dois destaques nesta parte da Carta Apostólica, que evidenciam a preocupação do Papa com os caminhos da fé na atualidade.



Na sequência de sua Carta, Bento XVI convida a todos a “beber na fonte” e tornar a ouvir a Palavra de Deus ao anunciar o período pelo qual se estenderá do Ano da Fé. “Terá início a 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013. Na referida data de 11 de outubro de 2012, comemora-se também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica”, escreveu Bento XVI. Ainda nessa parte, o Papa recorda que convocou uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos para outubro de 2012, cujo tema será “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.


A Carta Apostólica ainda contempla a evolução da Igreja e que, para isso, a linha mestra deve ser o Concílio Vaticano II. Sobre isso, Bento XVI repetiu suas próprias palavras proferidas logo depois de ter sido eleito à Cátedra de Pedro. “Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja”, reiterou. Contudo, mais adiante-se lê-se que “a renovação da Igreja realiza-se também por meio do testemunho prestado pela vida dos crentes: de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou”, destaca Bento XVI.


Assim, o Papa vê o Ano da Fé como um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Nesta parte da Carta, o Papa cita Santo Agostinho e sua contribuição em forma de escritos, que ajudam o homem a viver o caminho que leva para a Porta da Fé. “Por conseguinte, somente acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus”, completou o Santo Padre.


Chegando à oitava parte, encontra-se a mensagem do Papa aos Bispos, para que se unam ao Santo Padre, tornando fecundas e dignas as celebrações do Ano da Fé. “Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver”. Para os fiéis, o Santo Padre escreve que o Ano da Fé “será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é ‘a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde emana toda a sua força’”.

Nas partes seguintes, o Papa convida a percorrer um caminho mais profundo para entender os desígnios da fé. “É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica”, discorre Bento XVI. Ainda sobre o Catecismo, Bento XVI lembra que durante o Ano da Fé ele deve se tornar um instrumento de apoio da fé para a formação para os cristãos. Nesse ponto, o Papa revelou que convidou “a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar”.

A parte final é dedicada a relembrar a história da fé e as personagens que mantiveram o olhar fixo em Jesus Cristo “autor e consumador da fé” (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização todos os anseios do coração humano. Bento XVI segue citando exemplos de Maria, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Santos e dos homens que pela fé em Jesus Cristo mantiveram seus corações unidos a Deus. Ainda sobre a fé, o Papa ao citar São Paulo nos lembra que a fé sem caridade é estéril: “Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade” (1 Cor 13, 13).

O Papa finaliza a Carta Apostólica que proclama o Ano da Fé citando Nossa Senhora. “À Mãe de Deus, proclamada ‘feliz porque acreditou’ (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça”. Assina o Santo Padre, em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de outubro de 2011, sétimo ano de Pontificado.


 
FONTE: Rádio Vaticano

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