SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

CANSAÇO PASTORAL???



Não somos anjos. Por mais que algumas canções insistam em afirmar isso. E a Obra que O Senhor faz em cada um não acontece somente em plano espiritual. Ela se desenrola na história humana atingido nossa humanidade por completo. Ainda mais aquele ou aquela que procura servir verdadeiramente ao Senhor.
Todo filho de Deus carrega em si um pouco de Santo Antão, o Santo de Deserto. Chamado o pai de todos os monges,  Antão foi marcado em sua vida por um profundo desejo de amar e servir a Deus abdicando-se de coisas que seriam comuns, desejos e vontades “normais” para viver uma vida de total subserviência.
Contudo, duas características marcam a vida e a história deste grande homem de Deus: ascese e combate. Santo Antão, em certo momento de sua vida, gastava-se muito em combates ferrenhos para defender a sua fé.
Conta-se que, todas as tardes um leão feroz aproxima-se do acampamento do Santo para provar-lhe a fé. Voraz, queria matar Antão e servir-se de sua carne. O leão não era bobo. Sabia a qualidade da carne de um santo. E o Santo lutava bravamente para defender sua própria vida e seu o local aonde morava.
Em uma bela tarde, após violento combate com o leão, o Antão resolveu que estava muito cansado da mesma luta. O leão não mudava. E fora rezar. Reclamou. Sem medo de Seu Deus perguntou o porque destas lutas tão maçantes e desgastantes. Porque sempre a mesma coisa. E pediu para que O Senhor afastasse este combate.
Deus, em Sua imensa bondade e misericórdia concordou com o pobre filho cansado. Viu que realmente Antão tinha razão. Ele estava machucado, ferido profundamente. Generosamente, Deus responde ao Santo: “Ver-te lutar me é tão prazeroso e causa-me tanta felicidade que Eu colocaria eternamente leões em tua vida, só para olhar-te vencendo por amor a Mim”.
“Por amor a Mim”. Que frase fortíssima. Que segredo revelado. Que vitamina para os corpos cansados de Deus e da Igreja. Que recomposição para aqueles que largaram as monótonas lutas pela felicidade de seus casamentos e de suas famílias. Que novo vigor para os que se cansaram de suas vocações. Que lucro para carismáticos esgotados.
O tempo em que vivemos é um tempo de excessivo cansaço. Um tempo que se traduz como ranhura, machucado, ferida. E é natural que cheguemos ao “final da tarde” estafados e gritemos ao Senhor: “Chega! Cansei. Fiz tudo o que podia. Preciso parar um pouco”.
Mas a obra não é nossa .A desistência não é opção para quem descobriu que a Graça suplanta tudo. Desistir é o caminho errante. Quando alguém “larga tudo” é porque nunca agarrou a obra como vontade de Deus. Quando alguém “sai” da caminhada na verdade nunca entrou. Aquele que sabe que a obra é do Senhor cansa, estafa, pode até deprimir-se mas vai até o fim.
Mas, “se com tua boca confessares que Jesus é O Senhor” (Rom. 10,9)  e que não há discípulo maior que o Mestre, compreenderemos aquilo que fora revelado a Santo Antão. Que “seja qual for o grau em que chegamos o que importa é prosseguir decididamente” (Filp. 3,16).

Ou decido desistir ou decido continuar. Uma é decisão humana. A outra é do Espírito.

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