A Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso da CNBB apresentou aos bispos reunidos em Assembleia, em Brasília, um texto relatando o empenho ecumênico da Igreja Católica no Brasil. O texto foi explicado, na sexta-feira, 7, pelo assessor da Comissão, padre Elias Wolff.
Segundo o texto, os caminhos ecumênicos no Brasil “não são ainda consistentes”. São indicados como desafios a serem superados “a perda do sentido da pertença eclesial”; “o limitado número de pessoas e Igrejas que aderem ao ecumenismo”; a fragilidade das motivações para o diálogo”; “o frágil compromisso ecumênico por parte das lideranças eclesiásticas”; “a dissociação entre missão”.
Leia a íntegra do texto, que não é documento da CNBB.
O Brasil situa-se nesse contexto religioso plural. Possui uma população majoritariamente cristã (89% da população) onde, de um lado, encontram-se e desencontram-se as tradições eclesiais consideradas “históricas” e o pentecostalismo, com suas diferentes expressões. Do outro lado, estão as tradições religiosas antigas como as religiões primitivas dos povos indígenas e africanos, o judaísmo o islamismo, o budismo e outras, convivendo com os movimentos religiosos e espiritualidades modernas, como o espiritismo, a Nova Era e outras de matriz oriental, como a Seicho-no-Iê. No transcorrer do século XX, foi perceptível uma diminuição no interesse pelas formas tradicionais de religiosidade no país[1], e o crescimento dos que se dizem sem religião[2].
Em porcentagem da população, temos:
RELIGIÃO | 1970 | 1980 | 1991 | 2000 |
Catolicismo | 91,8 | 89,0 | 83,3 | 73,9 (125.517.222) |
Protestantismo | 5,2 | 6,6 | 9,0 | 15,6 (26.452.174) |
Sem religião | 0,8 | 1,6 | 4,7 | 7,4 (12.492.189) |
Espiritismo | | 0,7 | 1,1 | 1,3 (3 mi) |
Religiões afro-brasileiras | | 0,6 | 0,4 | 0,3 (650 mil) |
Outras religiões | | 1,3 | 1,4 | 1,8 (2 mi) |
IBGE 2000
[1] É reflexo disso o grande número de pessoas que hoje se intitulam não-praticantes - estima-se que apenas 20% dos brasileiros sejam praticantes.
[2] Acredita-se que 13 milhões de brasileiros (7,4% da população total) consideram-se ateus, agnósticos ou declaram acreditar
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