SEJAM MUITO BEM VINDOS E BEM VINDAS!

16º Congresso Eucarístico Nacional (CEN)

A realização do 16º CEN, de 13 a 16 de maio de 2010, na Capital Federal, foi motivada pelo duplo Jubileu de Ouro: da Cidade de Brasília e de sua Arquidiocese, nascidas no mesmo dia 21 de abril de 1960.

O CEN é uma iniciativa da Igreja Católica, realizado de tempos em tempos, numa Diocese escolhida pela Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O CEN é uma manifestação pública de fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. É um evento que deve envolver cada Diocese, Paróquia, Comunidade Religiosa e Movimento Eclesial. Tenho certeza de que todas as nossas Paróquias, de uma forma ou de outra, tomarão parte ativa no 16º CEN. As iniciativas, como tríduos eucarísticos, dias de adoração, etc., ficarão por conta de cada Comunidade Paroquial.

O Tema do 16º CEN é: “Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos Missionários”. E o Lema é: “Fica conosco, Senhor!” (Lc 24, 29). O Texto Base (TB) do Congresso está estruturado em três Capítulos, intitulados: “Eucaristia, Pão da Unidade”; “Pão da Unidade, Vida dos Discípulos Missionários”; e “Fica conosco, Senhor!”. O Primeiro Capítulo apresenta os fundamentos da Comunhão, as bases divino-humanas da unidade presentes na Eucaristia. No Segundo, o olhar se volta para a vida em comunidade e a sua ‘força’ eucarística, ‘fermento’ de comunhão na sociedade, promovendo a vida. O Lema do Congresso Eucarístico, “Fica conosco, Senhor”!, apresentado no Terceiro Capítulo, oferece um ambiente de realismo e confiança para uma aproximação dos contextos sociocultural, econômico, político e religioso (cf. TB, Introdução, pág. 7). A leitura deste Documento é condição indispensável para uma boa preparação e frutuosa participação no Congresso Eucarístico.

Vale acrescentar ainda que: “No Texto-Base, dá-se um especial enfoque à vida das comunidades sustentadas pelo Pão Eucarístico. As comunidades se alimentam do Pão da Unidade e se tornam louvor ‘uníssono’ a Deus, pela oferta de seus membros em união com o sacrifício de Jesus sobre o Altar, e também se transformam em ‘comunidades eucarísticas’, enquanto geradoras de fraternidade entre seus membros, e ‘alimento de comunhão’ na sociedade” (Informativo do 16º CEN/2010-Brasília-Ano II Nº 2 abril de 2009, pág. 1).

Nem sempre, porém, a comunidade vive a vida eucarística. Não raro acontece entre nós, em nossas comunidades, o que se passava nas comunidades de Corinto, isto é, divisões e cisões entre seus membros: “De fato, quando vos reunis, não é para comer a Ceia do Senhor, adverte Paulo, pois cada um se apressa a comer a sua própria ceia e, enquanto um passa fome, outro se embriaga” (1 Cor 11, 20-21). Caso venha a acontecer o mesmo entre nós, ou seja, “se houver alguém ferido pela oposição de outros ou pela divisão que causaram, é preciso buscar na Eucaristia a fortaleza do perdão, que cria o espaço necessário dos ofensores na própria comunidade” (cf. TB, pág. 38).

Portanto, não fechemos os olhos para as divisões e contendas, maledicências e difamações que, muitas vezes, se insinuam em nossas comunidades. Precisamos viver a lógica do Evangelho e da Eucaristia. “Não pode possuir a veste de Cristo aquele que rasga e divide a Igreja de Cristo” (São Cipriano).

Nossas celebrações eucarísticas deveriam estreitar cada vez mais nossos laços de amizade com Cristo e com os irmãos e irmãs. Cada comunidade eclesial deveria esforçar-se para conviver ‘como’ verdadeiros irmãos e irmãs. Pois, “pelas veias do Corpo Místico de Cristo nutrido pelo Pão Eucarístico correm a mesma vida, o mesmo sangue, o mesmo amor. Uma única mesa e o mesmo alimento indicam e revigoram a identidade da família dos filhos de Deus” (TB, pág. 25). Eis porque a participação na Eucaristia deveria levar-nos a ser e a ter um só coração e uma só alma (cf. At 4, 32).

Como sabemos, o alimento eucarístico faz entrar em comunhão com o próprio Cristo, tornando-nos um só com Ele e com todos os que se alimentam à mesma mesa da vida nova. Após cada comunhão deveria intensificar nossa união a Cristo, a ponto de podermos repetir com Paulo: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Quem recebe a Eucaristia deve assemelhar-se a Cristo, tornando-se, com Ele, um dom para os outros. A Eucaristia é a fonte e o termômetro permanente de nossa unidade, caridade e espírito de serviço. O Pão partido na Eucaristia deve levar necessariamente à partilha do que somos e temos.

O Congresso Eucarístico é sempre uma ocasião forte também para renovarmos nossa devoção à prática da adoração eucarística. O Papa Bento XVI recomenda vivamente essa prática tanto pessoal como comunitária (cf. Sacramentum Caritatis, n. 67). Há uma relação intrínseca entre a Santa Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento. Já Santo Agostinho dissera: “Ninguém come essa carne, sem antes a adorar; [...] pecaríamos se não a adorássemos”. “Receber a Eucaristia, continua o Papa, significa colocar-se em atitude de adoração diante daquele que comungamos” (ibidem, n. 66).

Louvo e admiro as pessoas disponíveis a gastarem seu tempo em atitude de adoração diante do Santíssimo Sacramento. É bom saber que isso já acontece em nossa Diocese.

Enfim, unidos a todos os participantes no 16º CEN, rezemos com confiança: “No vigor do Espírito Santo, faze-nos teus discípulos missionários! Com a humilde Serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser: alegres no Caminho para a Terra Prometida! Corajosas testemunhas da Verdade libertadora! Promotores da Vida em plenitude! Fica conosco, Senhor! Amém!” (Da Oração do 16º CEN).

Dom Nelson Westrupp

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